Renúncia à Ação Penal Privada (com exemplo)

0
465

CEBRASPE (2020):

QUESTÃO CERTA: Antônia foi vítima de calúnia praticada por Francisca e Rita. Inconformada, Antônia, na mesma semana em que sofreu a calúnia, tomou as providências para que fosse proposta a ação penal cabível, mas o fez apenas contra Francisca, porque Rita era amiga de sua mãe. Nessa situação hipotética, ocorre: renúncia.

Umas das características da Ação Penal Privada é a indivisibilidade (art. 48 e 49 do CPP):

Art. 48. A queixa contra qualquer dos autores do crime obrigará ao processo de todos, e o Ministério Público velará pela sua indivisibilidade.

Art. 49. A renúncia ao exercício do direito de queixa, em relação a um dos autores do crime, a todos se estenderá.

  • Retratação = vítima muda de ideia e não quer mais que o autor do fato seja punido. Somente pode ocorrer até a denúncia.
  • Perdão = ato bilateral (manifestação do ofendido + anuência do autor).
  • Perempção = a punibilidade do agente é extinta em decorrência da inércia do querelante.
  • Advertisement
  • Decadência = o direito de queixa decai em 6 meses, contados do dia em que vier a saber quem é o autor do crime (art. 38).

CEBRASPE (2021):

QUESTÃO ERRADA: Em matéria de ação penal, é correto afirmar que a renúncia: E somente é cabível na ação penal privada. 

A renúncia é instituto que poderá aplicar na ação pública condicionada à representação.

(Art. 74, parágrafo único da Lei 9099/95 “Tratando-se de ação penal de iniciativa privada ou de ação penal pública condicionada à representação, o acordo homologado acarreta a renúncia ao direito de queixa ou representação”)