Última Atualização 25 de janeiro de 2021
QUESTÃO CERTA: A tabela a seguir apresenta algumas informações de determinada empresa, relativas ao mês de abril de 2016.
produto | custo variável total por unidade (em R$) | custo fixo total por unidade (em R$) | preço de venda por unidade (em R$) | tempo de fabricação (hora-máquina) |
---|---|---|---|---|
modelo I | 60 | 12 | 80 | 5 |
modelo II | 50 | 15 | 71 | 7 |
modelo III | 116 | 18 | 141 | 5 |
modelo IV | 40 | 7 | 58 | 3 |
modelo V | 45 | 8 | 73 | 4 |
Considerando-se essas informações e o fato de que a empresa receba uma demanda extra de um cliente e constate que não tem capacidade suficiente para fornecer tal volume em função de limitação na disponibilidade de horas-máquinas, o primeiro produto cujo volume de produção deve ser reduzido em prol da obtenção do melhor resultado para a empresa é o modelo: II.
Questão de margem de contribuição com restrição. Neste caso, devemos calcular o valor da margem de contribuição unitário dividido pelo fator de restrição (que é o tempo de fabricação – Horas máquina). O modelo que apresentar a menor margem de contribuição por fator de restrição deve ter a produção reduzida. Vamos calcular:
1º passo:
Achar a Margem de Contribuição Unitária: MC = preço de venda – custo variável
MC I = 80 – 60 = 20
MC II = 71 – 50 = 21
MC III = 141 – 116 = 25
MC IV = 58 – 40 = 18
MC V = 73 -45 = 28
2º passo. Dividir a MC pela limitação das horas máquinas, conforme o enunciado da questão:
MC I = 20/5 = 4 horas
MC II = 21/7 = 3 horas
MC III = 25/5 = 5 horas
MC IV = 18/3 = 6 horas
MC V = 28/4 = 7 horas
Conclui-se que o produto II, por ter a menor margem de contribuição, baseado em horas/máquina, deverá ter a produção reduzida para a empresa receber a demanda extra do cliente em questão.
QUESTÃO CERTA: Considere as informações a seguir para responder à questão.
Uma indústria, que faz suas análises gerenciais pelo método de custeio variável, ao final do processo produtivo de uma de suas linhas de produtos, apresentou suas anotações e registros, referentes exclusivamente à fabricação dos produtos dessa linha, como demonstrado a seguir.
Registro e anotações Produtos
Período Produtivo: Junho/2014 Alfa Beta Gama
Produção (em unidades) 2.500 2.000 3.000
Matéria-prima (quilos por unidade) 25 30 20
Mão de obra direta (horas por unidade) 6 8 5
Preço de venda unitário (em reais) 218,00 251,00 174,00
Custo fixo unitário (em reais) 12,00 10,00 13,00
Comissão de vendas p/unidade (em reais) 3,00 5,00 8,00
Outras anotações:
• Preço do quilo de matéria-prima (em reais) = 5,00
• Valor da hora MOD (em reais) = 2,00
Limitação da capacidade produtiva: A indústria estima uma redução de 25% na quantidade de horas de mão de obra direta disponíveis para a fabricação da linha de produtos Alfa, Beta e Gama. No contexto de expectativa de redução da quantidade de mão de obra direta necessária para a produção dessa linha de produtos e de acordo com a técnica da limitação da capacidade produtiva, a margem de contribuição unitária por fator limitante (fator de restrição) dos produtos Alfa, Beta e Gama, respectivamente, em reais, é a seguinte: 13,00; 10,00; 11,20.
Como é custeio variável não utiliza os custos fixos, então:
MCx= PV-MP-MOD-Desp
MC alfa:218-125-12-3 =78 MC alfa com limitador = 78/6 = 13
MC beta: 251-150-16-5= 80 MC beta com fator de limitador = 80/8=10
MB gama: 174-100-10-8= 56 MC gama com fator de limitador =56/5=11,2
A Margem de Contribuição (MC) ou Contribuição Marginal é o resultado da diferença entre o preço de venda e os custos e despesas variáveis incorrido em cada produto, linha de produtos, serviços, processos, segmentos, enfim, a cada um dos objetos em que se p ode dividir a atividade de uma empresa. Destina-se a mostrar o quanto sobrou da receita direta de vendas, depois de deduzidos os custos e as despesas variáveis de fabricação, para pagar (ou cobrir) os custos periódicos e gerar lucro no período.
Em uma situação em que a empresa visa elevar seus resultados, mas defronta-se com uma limitação (escassez ou insuficiência) de seus recursos, seja ela matéria-prima e/ou horas de produção, geralmente surge por parte dos gestores o questionamento sobre quais os produtos deveriam ser produzidos e incentivados em suas vendas, e quais deveriam ser eliminados ou reduzidos da produção. Nesta situação deve-se analisar a MC do produto segundo a limitação da capacidade produtiva. Vale ressaltar que “o produto de maior Margem de Contribuição, em condições normais, nem sempre continuará sendo o mais lucrativo em um contexto e limitação da capacidade produtiva.
Segundo Martins (2008), a teoria das Restrições (Theory of Constrainsts) visa identificar as restrições (gargalos) dos sistemas produtivos para otimizar a produção nesses pontos, e consequentemente, maximizar o lucro da empresa. A restrição é qualquer coisa que limita um melhor desempenho de um sistema (toda empresa possui pelo menos uma restrição, visto que se não a tivesse os ganhos da organização seriam infinitos)
A TOC apoia-se nos seguintes pressupostos principais:
a) Todo sistema possui no mínimo um fator de restrição;
b) O conhecimento do valor da margem de contribuição por unidade do fator limitante é mais importante que o conhecimento da margem de contribuição por unidade produzida;
c) O custo de mão-de-obra direta é fixo, assim como são fixos todos os custos indiretos;
d) Capacidade ociosa é desejável nos recursos que não representem restrições ou gargalos;
e) Deve-se administrar o equilíbrio do fluxo do processo, não a capacidade dos recursos, etc.
(MARTINS, 2008)
QUESTÃO CERTA: Em um determinado mês, uma indústria apresentou um volume de matéria-prima inferior ao volume médio mensal necessário para fabricação de seus quatro produtos. Em decorrência disso, a decisão sobre qual (ou quais) produto (s) deve (m) ter sua produção sacrificada, total ou parcialmente, deverá ser adotada em função: da margem de contribuição pelo fator limitante.
A margem de contribuição pelo fator limitante é o cálculo da margem de contribuição unitário dividido pela quantidade de horas utilizadas na produção de cada item. Dessa forma, teremos o ganho de cada produto e de acordo com a Teoria das Restrições, deve-se limitar a produção de itens que apresente menor ganho. Portanto, quando avaliamos a margem de contribuição para tomar uma decisão em condições onde existe fator limitante de capacidade produtiva, NÃO devemos apenas calcular a margem de contribuição por unidade. A decisão correta ocorre quando calculamos a margem de contribuição por fator limitante da capacidade produtiva.
A margem de contribuição unitária dividida pelo fator limitante também é chamada de margem de contribuição ponderada, conforme ensina a doutrina.