CGU e Sindicâncias – Como Funcionam?

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QUESTÃO CERTA: A Controladoria-Geral da União (CGU) constatou que, em determinada sindicância em curso no órgão de origem, bem como em processos administrativos disciplinares findos, a autoridade competente para aplicar as correspondentes sanções administrativas estava envolvida nos fatos em apuração e nos decididos. Nesse caso, a CGU pode avocar a sindicância em curso, até mesmo com a possibilidade de aplicar penalidade cabível, bem como requisitar outras sindicâncias, procedimentos e processos administrativos disciplinares julgados e decididos, há menos de cinco anos, por essa autoridade, a fim de reexaminá-los.

DECRETO Nº 5.480, DE 30 DE JUNHO DE 2005.


Dispõe sobre o Sistema de Correição do Poder Executivo Federal, e dá outras providências.

Art. 2º. Integram o Sistema de Correição:
I – a Controladoria-Geral da União, como Órgão Central do Sistema;

Art. 4º.Compete ao Órgão Central do Sistema:
VIII – instaurar sindicâncias, procedimentos e processos administrativos disciplinares, em razão: 


a) da inexistência de condições objetivas para sua realização no órgão ou entidade de origem; 
b) da complexidade e relevância da matéria;
c) da autoridade envolvida; ou
d) do envolvimento de servidores de mais de um órgão ou entidade;


XII – avocar sindicâncias, procedimentos e processos administrativos disciplinares em curso em órgãos ou entidades do Poder Executivo Federal, quando verificada qualquer das hipóteses previstas no inciso VIII, inclusive promovendo a aplicação da penalidade cabível; 

Conforme entendimento do STF, a Controladoria-Geral da União, órgão que realiza controle interno

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, pode fiscalizar a aplicação de verbas federais onde quer que elas estejam sendo aplicadas, mesmo que em outro ente federado às quais tenham sido destinadas.

A Controladoria-Geral da União (CGU) pode fiscalizar a aplicação de verbas federais onde quer que elas estejam sendo aplicadas, mesmo que em outro ente federado às quais foram destinadas. A fiscalização exercida pela CGU é interna, pois feita exclusivamente sobre verbas provenientes do orçamento do Executivo.

[RMS 25.943, rel. min. Ricardo Lewandowski, j. 24-11-2010, P, DJE de 2-3-2011.]