Rigidez dos salários

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Última Atualização 13 de janeiro de 2021

QUESTÃO CERTA: O problema da rigidez dos salários é bem conhecido, e algumas razões dessa rigidez são levantadas para indicar o motivo pelo qual os salários não se ajustam rapidamente para manter o equilíbrio no mercado de trabalho; essas razões, citadas pela teoria keynesiana, incluem o interesse pelo salário relativo e a sindicalização do mercado de trabalho.

Pela teoria keynesiana, a rigidez dos salários nominais é condição necessária para supormos a inclinação positiva da curva de oferta agregada. Os salários nominais ajustam-se lentamente (quando a DA recua, os preços caem e as firmas têm menos receitas; como os custos seguem os mesmos – em decorrência da rigidez dos contratos salariais –, os lucros das empresas diminuem, o que as leva a reduzir a produção e demitir). Os keynesianos argumentavam que na realidade os preços não são tão flexíveis como na teoria. Segundo eles, em uma situação de recessão na qual a redução da renda força os preços de equilíbrio para baixo, os preços não se ajustam automaticamente a essa redução. Isso ocorre porque os produtores são reticentes em reduzir sua margem de lucro por produto vendido e porque trabalhadores e sindicatos impedem uma redução nominal nos salários. O hiato entre os preços praticados e o preço de equilíbrio determina maior redução da produção para se ajustar ao baixo consumo e no não aproveitamento pleno dos fatores de produção disponíveis, aumentando inclusive a taxa de desemprego.

Já segundo o modelo clássico, uma expansão da demanda agregada (DA) eleva apenas o nível de preços devido à validade da Lei de Say e da total flexibilidade de preços e salários. Na hipótese de preços e salários nominais flexíveis, temos uma curva de oferta agregada vertical.

QUESTÃO ERRADA: Segundo a abordagem keynesiana, a política macroeconômica não pode desempenhar papel na estabilização do ciclo econômico: o motivo dessa impossibilidade é a rigidez dos salários, que é uma consequência dos acordos coletivos de trabalho.

Resumidamente:

– Clássicos: salários (reais e nominais) e preços flexíveis. Economia em equilíbrio com pleno emprego. Eventuais desequilíbrios seriam ajustados pela “mão invisível”. Lei de Say: A oferta gera a demanda. – – A crise de 1929 deixou claro que o modelo de autorregulação dos clássicos era insuficiente para resolver a depressão. Alguns anos depois, Keynes mostrou que a lei de Say estava errada. A demanda que gera a oferta. Os salários nominais seriam rígidos e os salários reais flexíveis. Os preços também seriam rígidos. É possível equilíbrio mesmo com desemprego. O governo deve agir para impulsionar a economia.

Como y(DA)= C+G+I+X-M, um aumento dos gastos do governo impulsionaria a demanda agregada e consequentemente a renda, com geração de empregos.

A teoria da rigidez dos salários explica, na verdade, a relação positiva entre Preço e Valor Agregado da Oferta Agregada.

Para Keynes, o ciclo negativo criado pelo modelo de economia clássico, vivido pela economia mundial até a quebra da Bolsa em 1929, poderia ser evitado com políticas anti-cíclicas mediante o aumento dos gastos do governo, gerando maior renda, que gera maior consumo, que por sua vez aumenta a renda e inicia um ciclo virtuoso na economia.

QUESTÃO ERRADA: De acordo com os keynesianos, na relação entre o nível geral de preços, da oferta de trabalho e do produto, um aumento no nível esperado de preços irá deslocar a curva de trabalho, o que, por sua vez, reduzirá o salário nominal e o nível de emprego, aumentando o produto.

O aumento de salário nominal torna a mão de obra temporariamente mais barata, havendo aumento (e não redução) no nível de emprego.

Haverá a rigidez salarial durante curto prazo!

QUESTÃO CERTA: Acerca dos modelos clássicos IS-LM e de oferta e demanda agregadas, julgue o item seguinte. Considerando-se o fechamento keynesiano do mercado de trabalho, a curva de oferta agregada será positivamente inclinada no plano preço e renda e terá como argumento o salário nominal.

Supondo o salário monetário variável, o aumento nos preços ao salário monetário anterior, causa um excesso de demanda por trabalho. Um salário monetário mais alto será ofertado e, supondo o valor de preço esperado fixo, mais trabalhadores aceitam trabalho, aumentando o nível de emprego. Com os níveis de emprego mais altos, correspondentes aos níveis de preços mais elevados, o produto será maior. No plano preço e renda (produto) no nível de preço mais alto corresponde a um nível mais elevado da produção ofertada. Tem-se uma curva de oferta positivamente inclinada.

Correto. O salário nominal faz parte dos custos que o empresário tem para viabilizar a produção e ofertar produtos.