Perda com créditos de liquidação duvidosa

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QUESTÃO CERTA: A empresa Só Luxo S.A. possuía R$ 100.000,00 na conta de Clientes e uma estimativa de perda com créditos de liquidação duvidosa (EPCLD) no valor de R$ 10.000,00 no Balanço Patrimonial de 31/12/2016. Em março de 2017, o cliente A, que devia R$ 9.000,00, se tornou incobrável. Ao registrar este evento na contabilidade, a empresa Só Luxo S.A: diminuiu o saldo da EPCLD em R$ 9.000,00.

Inicialmente registramos:

Conta Clientes (conta do ativo aumenta a débito)

D – 100.000

PECLD (conta retificadora do ativo aumenta a crédito)

C – 10.000

Na sequência, com o fato consumado, registramos o que ingressou no caixa (considerando o calote real do cliente), damos baixa na conta clientes e damos baixa na conta PECLD:

Bancos (conta do ativo aumenta a débito)

D – 90.000

Clientes (conta do ativo diminui a crédito)

C – 100.00

PECLD (conta retificadora do ativo diminui a débito)

D – 9.000 (observe que sobrou um saldo de mil em relação ao registro que fiz nessa conta inicialmente)

Com esse mil que “sobrou” (para respeitar o método das partidas dobradas), podemos revertê-lo a uma conta de receita chamada “reversão da perda estimada” – a qual aumenta a crédito:

Reversão da perda estimada

C – 1.000

Resposta da questão: diminuiu o saldo da EPCLD em R$ 9.000,00. 

QUESTÃO CERTA: Em 31/12/2012, a empresa Credora S.A. possuía R$ 150.000,00 em duplicatas a receber de clientes e uma estimativa de perdas com créditos de liquidação duvidosa (EPCLD) no valor de R$ 7.500,00. Em fevereiro de 2013, o cliente Caloteiro, que devia R$ 4.000,00, se tornou incobrável. Ao registrar este evento na contabilidade, a empresa Credora S.A.

A escrituração desse evento fica assim:

Duplicatas a receber (qualquer ativo aumenta a débito):

D – 150.000

Estimativa de perdas com créditos de liquidação duvidosa (é uma conta retificadora do ativo, então aumenta a crédito)

C – 7.500

Para a escrituração desse evento, devemos abater a conta duplicatas a receber, registrar a entrada de dinheiro no caixa e abater a estimativa de perdas com créditos de liquidação duvidosa:

Duplicatas a receber (qualquer ativo diminui a crédito):

C – 150.000

Banco (qualquer ativo aumenta a débito):

D- 146.000 (recebi apenas isso, pois tomei calote de 4 mil)

Estimativa de perdas com créditos de liquidação duvidosa (é uma conta retificadora do ativo, então diminui a débito)

C – 4.000

Com esse 3.500 que “sobrou” (para respeitar o método das partidas dobradas), podemos revertê-lo a uma conta de receita chamada “reversão da perda estimada” – a qual aumenta a crédito:

Reversão da perda estimada

C – 3.500

Observe que em minhas escriturações eu reduzi o saldo da estimativa (EPCLD) de 7.500 para 4.000

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QUESTÃO CERTA: Em 31/12/2015, a empresa ATP S.A. possuía R$ 520.000,00 em duplicatas a receber de clientes e saldo na conta Estimativa de Perdas com Créditos de Liquidação Duvidosa (EPCLD) no valor de R$ 20.800,00. Em fevereiro de 2016, o cliente Ônix, que devia R$ 22.000,00, se tornou incobrável. Ao registrar este evento na contabilidade, a empresa ATP S.A: debitou o valor de R$ 20.800,00 na conta patrimonial EPCLD.

Em 31/12/2015, a empresa ATP S.A. possuía R$ 520.000,00 em duplicatas a receber de clientes e saldo na conta Estimativa de Perdas com Créditos de Liquidação Duvidosa (EPCLD) no valor de R$ 20.800,00.

Vou escriturar essa situação da seguinte forma – registrando as duplicatas que tenho para receber e, para respeitar o princípio da prudência, registrando a Estimativa de Perdas com base em histórico de calote que tomo há tempos:

Duplicatas a receber (como é um ativo, sempre aumenta a débito):

D – 520.000

Estimativa de Perdas (EPCLD) (é uma conta retificadora do ativo, então aumenta a crédito)

C – 20.800

Em fevereiro de 2016, o cliente Ônix, que devia R$ 22.000,00, se tornou incobrável.

Vamos imaginar que só tomei esse calote e recebi todo o restante. Vou registrar a entrada de dinheiro no banco, darei baixa na conta clientes e abaterei parte do calote que tomei do maldito Ônix:

Banco (é uma conta do ativo, então aumenta a débito):

D – (520.000 – 22.000 do calote) = 498.000

Duplicatas a receber (é uma conta do ativo, então diminui a crédito):

C – 520.000

Estimativa de Perdas (EPCLD) (é uma conta retificadora do ativo, então diminui a débito)

D – 20.800 (limite das minhas estimativas de perdas)

Observe que agora o bicho pegou. Inicialmente considerei hipoteticamente que eu tomaria apenas 20.800 de calote, mas tomei um calote maior que esse no valor – tomei uma burla de 22.000. A diferença entre esses dois valores é de 1.200. E agora? Como escriturar isso? Nesse caso, vamos usar uma conta chamada perdas com clientes (que é uma conta de resultado presente na DRE):

Perda de resultados com clientes (é uma conta de despesa da DRE, logo aumenta a débito):

D – 1.200.

A resposta é: debitou o valor de R$ 20.800,00 na conta patrimonial EPCLD.

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