Última Atualização 31 de dezembro de 2021
QUESTÃO CERTA: Caso uma empresa incorra em despesa com juros em montante superior àquele obtido ao se apurar o lucro antes dos juros e impostos sobre lucro, ela apresentará alavancagem financeira desfavorável, isto é, o capital de terceiros estará consumindo seu patrimônio líquido.
O grau de alavancagem financeira (GAF) é um índice que indica a capacidade que a companhia tem de utilizar o capital de terceiros em benefício dos acionistas, aumentando o retorno (a lucratividade) sobre o capital próprio.
GAF = (Lucro Líquido / PL) / (Lucro Líquido + Despesas Financeiras) / Ativo, ou:
GAF = Retorno sobre o PL / Retorno sobre o Ativo Total
- Se GAF = 1, a alavancagem é nula.
- Se GAF < 1, a alavancagem será desfavorável. Os recursos de terceiros estão prejudicando a rentabilidade do patrimônio líquido.
- Se GAF > 1, a alavancagem será favorável. Os recursos de terceiros estão “alavancando” os lucros, aumentando o retorno sobre o patrimônio líquido.
Analisando o item temos que caso a empresa incorra em despesas financeiras em montante superior ao LAJIR (lucro antes dos juros e impostos sobre lucro), o denominador do GAF será maior e, portanto, teremos GAF < 1 (alavancagem financeira desfavorável).
Fonte: Gran Cursos.
QUESTÃO CERTA: Suponha que determinada empresa tenha sido aconselhada, por consultores financeiros, a aumentar o seu grau de alavancagem: financeira. Isso significa que deverá: aumentar a participação de capital de terceiros na sua estrutura de capital.
Imagine que você tem um negócio e precisa de capital para investimento, ao invés de “torrar seu patrimônio pessoal”, você solicita empréstimo ao banco.
A alavancagem financeira tem como objetivo potencializar a rentabilidade dos capitais próprios e o lucro dos acionistas, sem que estes precisem investir recursos próprios adicionais. A alavancagem financeira funciona, portanto, como um multiplicador do capital próprio.
A alavancagem financeira corresponde à relação entre capital próprio e os créditos aplicados em uma dada operação. Segundo Gitman, alavancagem financeira é o uso de ativos ou recursos com encargos financeiros fixos para aumentar os efeitos de variações do lucro antes de juros e imposto de renda sobre o lucro por ação – isto é, para aumentar o retorno dos acionistas da empresa. Assim, a empresa usa recursos de terceiros (basicamente, empréstimos, debêntures, ações preferenciais, etc.) para maximizar os efeitos da variação do lucro operacional (LAJIR) sobre os lucros por ação. Maior alavancagem pode aumentar o retorno, mas também significa aumento de risco e eventual a exposição à insolvência.
A decisão de usar a alavancagem financeira depende não apenas de uma expectativa de rentabilidade dos investimentos a serem realizados com recursos de empréstimos, mas também dos custos desse empréstimo. É necessário considerar a influência desse acréscimo de endividamento na estrutura financeira da empresa, bem como o risco financeiro envolvido, a curto, médio e longo prazos. O endividamento pode se mostrar interessante se o custo do empréstimo for menor que o retorno que se espera obter com a aplicação dos recursos oriundos desse empréstimo.
O estudo da alavancagem financeira ou operacional evidencia a importância relativa dos recursos de terceiros na estrutura de capital de uma empresa. Para isso analisa-se a taxa de retorno do capital próprio, considerando-se o custo dos capitais de terceiros, usados para alavancar as operações da empresa.
A alavancagem financeira será positiva para a empresa se os capitais de terceiros de longo prazo produzirem efeitos positivos sobre o patrimônio líquido, ou seja, se o retorno sobre o patrimônio líquido for superior ao retorno sobre o ativo. De nada adiantaria a uma empresa captar recursos a longo prazo se, após essa captação, o retorno sobre o patrimônio líquido recuasse à posição anterior à captação.
CEBRASPE (2021):
QUESTÃO ERRADA: O índice de alavancagem indica a capacidade da organização em cumprir suas obrigações em dívida corrente.
O GAF (Grau de alavancagem) não mede capacidade de cumprimento de obrigações, e sim a quantidade de financiamento que a empresa necessitará de contrair perante terceiros para financiar seus negócios.