QUESTÃO CERTA: A dificuldade, a falta de tempo ou o custo envolvido não são, por si sós, base válida para que o auditor omita um procedimento de auditoria para o qual não há alternativa ou que deve ser satisfeito com evidências de auditoria menos que persuasivas. A esse propósito, assinale a opção correta: Há um equilíbrio a ser atingido entre a confiabilidade das informações e o seu custo.
RESOLUÇÃO CFC Nº. 1.203/09 A48. A dificuldade, falta de tempo ou custo envolvido não são, por si só, base válida para que o auditor omita um procedimento de auditoria para o qual não há alternativa ou que deva ser satisfeito com evidências de auditoria menos que persuasivas. O planejamento adequado ajuda a tornar suficientes o tempo e os recursos disponíveis para a condução da auditoria. Apesar disso, a relevância da informação e, por meio dela, o seu valor tende a diminuir ao longo do tempo, e há um equilíbrio a ser atingido entre a confiabilidade das informações e o seu custo. Isso é reconhecido em certas estruturas de relatório financeiro, como por exemplo, no Brasil, a “Estrutura para a Elaboração e Apresentação de Demonstrações Contábeis” aprovada pelo CFC. Portanto, os usuários de demonstrações contábeis têm a expectativa de que o auditor formará uma opinião sobre as demonstrações contábeis dentro de um período de tempo e a custo razoáveis, reconhecendo que é impraticável tratar de todas as informações que possam existir ou tratar cada assunto exaustivamente com base na premissa de que as informações são erradas ou fraudulentas até prova em contrário.
QUESTÃO ERRADA: Os controles administrativos dizem respeito, especialmente, às operações de uma empresa. Em uma auditoria típica, o auditor independente deve verificar os controles administrativos, mas não lhe cabe avaliar a relação entre seus custos e os respectivos benefícios.
Controle administrativo é sinônimo de controle interno. O auditor interno avalia o controle interno, mas o auditor externo (independente) também o faz sob a ótica citada (do custo benefício) – até mesmo para avaliar os fatores de desempenho (quais sejam eficiência, eficácia, efetividade e economicidade), via auditoria operacional.
A auditoria tem a responsabilidade de monitorar e avaliar o desempenho dos controles internos, apresentando recomendações para a melhoria de sua eficácia. Os auditores governamentais são responsáveis pela avaliação da adequação dos controles internos, apontando as deficiências, falhas e inconsistências existentes, identificando suas causas e seus efeitos potenciais ou reais, e apresentando as recomendações para o seu aprimoramento. Qualquer indício da existência de erros, fragilidades, desvios, irregularidades, ilegalidades, ou mesmo fraude, que possa ocasionar efeitos relevantes sobre o trabalho deve motivar o profissional de auditoria governamental a aprofundar seus procedimentos auditorias, com vistas a verificar ou dissipar esse tipo de incerteza.