Análise SWOT e Ambiente Interno e Externo

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A Administração nos ensina muito sobre planejamento estratégico. Isso, pois esclarece como prever de forma racional o nosso futuro analisando o presente momento. A análise SWOT (ou matriz SWOT) é uma ferramenta útil para isso. Ela classifica aspectos importantes, fatores internos (intra-organizacionais) e fatores externos (fora da organização) que merecem especial atenção. Por isso dizemos que a SWOT trabalha tanto com ambiente interno quanto com ambiente externo. Restando, a nós, no entanto, sabermos diferenciar aquilo que diz respeito ao ambiente interno do que é relativo ao ambiente externo.

Uma questão da CEBRASPE de 2013:

QUESTÃO ERRADA: A matriz SWOT permite definir estratégias de atuação quando utilizada para identificar processos críticos.

Podemos analisar essa questão com os seguintes vieses. Primeiramente, pontuamos que “processo crítico” é processo interno. Então, tem a ver com a ferramenta Balanced Scorecard (que se preocupa com essa questão de processo interno), e não Análise SWOT.

Em segundo lugar, estratégias de atuação tem a ver com ambiente externo, no meio em que a organização atua – e processo críticos com ambiente interno. Logo, a questão está errada de qualquer forma.

Avançando…..vejamos uma questão da CEBRASPE (2017):

QUESTÃO CERTA: O processo de administração estratégica é estruturado, de forma geral, com as seguintes etapas: diagnóstico da situação atual da organização, análise do ambiente interno e externo, formulação de objetivos e estratégias, implementação, avaliação e controle dos resultados, controle esse que realimenta o processo.

Essa questão sintetizou bem a função da Administração Estratégica (conforme introduzimos no começo desse texto).

Uma questão de 2018 da CEBRASPE:

QUESTÃO ERRADA: A análise que fundamenta um processo de planejamento estratégico tem como foco somente o ambiente interno da organização, de forma a maximizar as potencialidades já existentes nessa organização.

Negativo. Como explicado lá atrás, a análise toca em aspectos do ambiente interno e externo.

QUESTÃO CERTA: O planejamento estratégico de uma organização pressupõe, como uma das etapas de grande relevância, o denominado diagnóstico institucional, oportunidade em que, entre outros aspectos, identificam-se os pontos fortes e fracos da organização, o que corresponde: à análise interna, restrita e controlável. 

Lembra que dissemos que, como organização, olhamos para o presente (efetuamos um diagnóstico) para traçar a nossa rota do futuro (prognóstico)? Tudo ocorre em prol da previsibilidade. Pois bem. Por meio da análise SWOT nos voltamos aos pontos fracos da organização e às suas virtudes (aspectos / fatores internos) e, também, às ameaças (a entrada de um novo concorrente, por exemplo) e oportunidades (demanda por algum serviço ou produto), à ótica externa, isto é, fora da organização. Dito isso, é importante você perceber que os pontos fracos ou fortes (de caráter interno) podem ser trabalhados pela organização (só depende dela) – ela detém o controle sobre isso (é algo controlável). É, portanto, algo limitado / restrito às suas paredes. O oposto, seriam as ameaças e oportunidades – que depende de uma série de variáveis incontroláveis (que não estão sob seu controle).

Uma questão da CEBRASPE de 2016 que vai contra o que acabamos de falar:

QUESTÃO ERRADA: Na elaboração do diagnóstico institucional de uma empresa pública, a análise interna caracteriza-se por ser restritiva e controlável e por identificar os pontos fortes e fracos da organização; a análise externa, apesar de ser ampla e estar relacionada com o conhecimento de aspectos externos à organização, ainda lida com um ambiente controlável.

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Uma questão da CEBRASPE de 2018 que reforça, mais uma vez, a explicação em torno de ambiente interno e ambiente externo.

QUESTÃO CERTA: O diagnóstico estratégico, em seu processo de análise externa e interna, apresenta pontos fortes e pontos fracos, oportunidades e ameaças. A esse respeito, assinale a opção correta. Diferentemente dos pontos fortes e dos pontos fracos, as oportunidades e as ameaças representam as variáveis não controláveis pela organização. 

Bem esclarecedora essa questão, não? Você acha que a organização consegue controlar ameaças fora dos seus muros? Evidente que não.

Uma questão da Fundação Carlos Chagas de 2018:

QUESTÃO CERTA: As fases iniciais do Planejamento Estratégico sugerem que se aplique uma ferramenta analítica denominada SWOT. Há uma gama de variáveis ambientais disponíveis para serem levadas em consideração ao aplicar essa ferramenta. Posto isso, refere-se a variável de ambiente interno: reputação como uma instituição com responsabilidade social.

Essa questão pode testar a sua confiança quanto às suas compreensões acerca do assunto. Pode passar pela sua cabeça o fato de que a reputação é reflexo do que as pessoas (fora da organização) pensam a respeito da organização o que, por via de consequência, seria algo relacionado ao ambiente externo. Contudo, você deve pensar que a sua reputação é construída por você, parte de você. Como você quer ser visto (a) pela sociedade? Logo, é um aspecto de natureza interna.

Uma questão da VUNESEP de 2013:

QUESTÃO CERTA: O planejamento estratégico consiste em definir objetivos para lidar com as ameaças e oportunidades oferecidas pela (pelo): ambiente da organização.

Muito embora a questão não tenha definido ambiente interno ou externo – esses dois elementos são espécies de um grande gênero: o ambiente da organização. Logo, correta (ambiente interno está dentro de ambiente – soma do interno com o externo).

Uma questão da CEBRASPE de 2014:

QUESTÃO ERRADA: A análise do ambiente interno para a promoção da mudança deve considerar concorrentes, fornecedores e clientes.

Muito errada. Isso seria ambiente externo.

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