Última Atualização 13 de janeiro de 2021
QUESTÃO CERTA: Para que a condição de equilíbrio da relação dívida pública/PIB ocorra, a expectativa de um menor crescimento econômico do Brasil, nos próximos anos, ceteris paribus, exige uma geração de superávits primários maiores no período.
Os superávits primários representam um saldo positivo da arrecadação do Governo menos suas despesas principais. Em período de menor crescimento econômico temos um PIB crescendo mais lentamente. Para que se mantenha o equilíbrio da relação dívida pública/PIB, será necessária a geração de superávits primários para frear o crescimento acelerado da dívida pública.
“A semelhança acontece no que se refere à análise se uma dívida vai ser grande ou não. O item levado em conta para avaliarmos se uma dívida é grande ou não é a relação da dívida com o “faturamento” ou a “renda” do país. Só que um país não possui faturamento, mas sim um “PIB”. Assim, nós avaliamos a sustentabilidade do endividamento público a partir da relação dívida/PIB. Se esta relação for baixa, o endividamento é sustentável. Na medida em que a relação aumenta, o endividamento perde sustentabilidade. Assim, uma dívida pública de R$ 1,5 trilhão para o Brasil não é tão grave, uma vez que o PIB é de mais de R$ 4,5 trilhões. Ou seja, a relação dívida/PIB do Brasil é de aproximadamente 35%, o que é considerado uma relação muito boa. Dívida sustentável. Já a mesma dívida do Brasil (R$ 1,5 bilhão) para um país com PIB bem menor (por exemplo, a Argentina, que possui um PIB de R$ 1,5 bilhão… aproximadamente) seria mais grave.” Argumento de Bohn “Caso o resultado primário responda positivamente a acréscimos na dívida pública, então, esta pode ser vista como sustentável (mesmo em um ambiente de incerteza econômica).”