Última Atualização 25 de janeiro de 2021
QUESTÃO CERTA: Contas podem ser criadas para registros quantitativos monetários ou não monetários, sendo essencial que expressem um fato patrimonial.
Conforme o FIPECAFI, 7a. edição, pg. 557:
Os itens monetários são compostos pelas contas de disponibilidades e de direitos e obrigações a serem liquidados com disponibilidades.
Os itens não monetários são todos os demais, ou seja, representam bens (estoque, imobilizado, etc.), despesas antecipadas ou diferidas (seguros a apropriar, despesas pré-operacionais etc.), adiantamentos a serem liquidados em bens (a fornecedores, de clientes, etc.), resultado de exercício futuro, etc.
QUESTÃO ERRADA: Os itens monetários do balanço patrimonial possuem um mecanismo intrínseco de proteção contra a inflação, em razão de seu valor econômico estar muito relacionado ao valor de mercado
Trata-se de questão que cobra do candidato o conceito de itens monetários e sua relação com a inflação. Antes de analisarmos o item propriamente, devemos ter em mente qual é o conceito de itens monetários, cuja definição é dada pelo Pronunciamento Contábil CPC 02, abaixo:
Itens monetários são unidades de moeda mantidas em caixa e ativos e passivos a serem recebidos ou pagos em um número fixo ou determinado de unidades de moeda.
“Fernandes (2006) explica que os itens monetários são representados pela moeda, ou direitos e obrigações que deverão ser recebidos ou líquidos em moeda, estando sujeitos à perda do poder aquisitivo, enquanto os itens não monetários possuem um mecanismo de proteção intrínseco, por seu valor econômico estar mais relacionados ao valor de mercado.”
E ainda:
“Os Itens Monetários envolvem as disponibilidades e direitos ou obrigações que serão realizados ou exigidos em dinheiro, exemplo: caixa, bancos, duplicatas a receber, duplicadas descontadas, provisão para devedores duvidosos, contas a receber, aplicações financeiras, etc.
Os Itens Não Monetários envolvem os bens (realizáveis ou permanentes) e direitos ou obrigações que serão exigidos em bens ou serviços, exemplo: estoque em geral, despesas pagas antecipadamente, adiantamento a fornecedores, participações societárias realizáveis ou permanentes, ativo imobilizado.”
DOS SANTOS MARTINS, Andréia Denise; WÜNSCH, Paulo Eduardo Rosselli. Normas Internacionais de contabilidade: A conversão da moeda nas demonstrações contábeis. Revista Eletrônica do Curso de Ciências Contábeis, v. 1, n. 2, p. 1-21, 2013.
QUESTÃO ERRADA: Ao final de cada exercício financeiro, os itens não monetários dos investimentos mensurados pelo custo histórico não serão convertidos da moeda estrangeira para a moeda funcional, a não ser quando o investimento for descontinuado.
Falsa. Ao final do exercício, os itens não monetários avaliados pelo custo histórico devem ser convertidos para a moeda funcional utilizando a taxa de câmbio do dia da transação.
QUESTÃO CERTA: O item não monetário — estoques — deve ser registrado pelo valor presente apurado na data de realização de cada operação.
Ajuste a valor presente em itens não monetários:
Os itens não monetários, tais como estoques, imobilizado etc., devem ser registrados pelo VALOR PRESENTE apurado na data de realização de cada operação. Esse registro poderá ser feito com utilização de uma conta retificadora ou diretamente pelo seu valor líquido.
Fonte: FIPECAFI 2010 – Capítulo 40: Correção Integral das Demonstrações Contábeis.
Conforme PRONUNCIAMENTO TÉCNICO CPC 16
Uma questão fundamental na contabilização dos estoques é o valor do custo a ser reconhecido como um ativo e mantido nos registros até que as respectivas receitas sejam reconhecidas. Os estoques objeto deste Pronunciamento devem ser mensurados pelo menor valor entre o valor de custo ou o valor realizável líquido, e deve incluir todos os custos de aquisição e de transformação, bem como outros custos incorridos para trazer os estoques à sua condição e localização atuais.
O valor realizável líquido é o preço de venda estimado no curso normal dos negócios deduzido dos custos estimados para sua conclusão e dos gastos estimados necessários para se concretizar a venda. Esses conceitos são próximos ao dos pronunciamentos contábeis brasileiros anteriores e não devem trazer modificações fundamentais na prática contábil dos emissores de valores mobiliários