Última Atualização 1 de janeiro de 2022
Uma questão da ESAF (2008) explica:
A premissa principal do Planejamento Estratégico Situacional é a complexidade e conflituosidade da realidade social, na qual coexistem atores com objetivos contraditórios e perspectivas diferenciadas quanto ao contexto em que atuam.
De acordo com o Planejamento Estratégico Situacional, nenhum ator social ou político tem hegemonia para controlar todas as variáveis da realidade, sendo o planejador mais um ator num processo interativo.
O Planejamento Estratégico Situacional é uma ferramenta de governo, que rejeita a concepção do planejamento como monopólio do Estado ou de qualquer força situacionalmente dominante.
QUESTÃO CERTA: O PES é um método que percebe o mundo de forma subjetiva, voltado para o cálculo interativo, considerando a explicação dos diversos atores que participam do jogo em questão.
QUESTÃO CERTA: Para se compreender o Planejamento Estratégico Situacional (PES), faz-se necessário definir e explicar o conceito de momentos que aparece em oposição ao conceito de etapas, tão disseminado pelo Planejamento Estratégico Empresarial. O momento em que são desenhadas as propostas do plano que apresentam como deve ser a realidade futura, em oposição aos problemas presentes, é o normativo.
Os módulos do planejamento se encontram estruturados em quatro momentos interdependentes e contínuos:
- momento explicativo (como foi, é, tende a ser),
- momento normativo (como deve ser),
- momento estratégico (articula dialeticamente o como deve ser com como pode ser)
- momento tático-operacional (como fazer).
QUESTÃO CERTA: A respeito do Planejamento Estratégico Situacional − PES, considera que o planejamento deve incluir uma avaliação do poder dos diversos atores sociais que interagem simultaneamente.
A “visão situacional” do PES
Os principais argumentos que sustentam o Planejamento Estratégico e Situacional podem ser assim resumidos:
→ Mediação entre o Presente e o Futuro
→ É necessário prever possibilidades quando a predição é impossível
→ Capacidade para lidar com surpresas
→ Mediação entre o Passado e o Futuro
→ Mediação entre o Conhecimento e a Ação
QUESTÃO ERRADA: O Planejamento Estratégico Situacional (PES) propõe a avaliação da efetividade de um projeto governamental, analisando sua viabilidade por meio das dimensões de governabilidade e capacidade de governo.
O denominado planejamento estratégico situacional ou triângulo de governo é uma crítica ao planejamento estratégico tradicional. Segundo Carlos Matus, a denominação triângulo de governo se dá pelo fato de que governar é um processo complexo que envolve 3 variáveis interdependentes: o projeto de governo, a governabilidade e a capacidade de governo.”
QUESTÃO ERRADA: O planejamento estratégico situacional separa as funções de planejamento das funções de execução e possui regras mais rígidas do que em casos de planejamentos tradicionais.
Esse modelo busca trazer uma alternativa de planejamento que venha a ser mais adequado ao contexto de planejamento governamental. O primeiro erro da frase está no trecho “o planejamento estratégico situacional separa as funções de planejamento das funções de execução”. O PES não postula essa separação, pelo contrário. O modelo de Matus entende que os servidores não devem estar somente envolvidos no planejamento, mas também na execução
QUESTÃO CERTA: Com base no Planejamento Estratégico Situacional, é correto afirmar que o: governante lida com soluções abertas ao conflito.
QUESTÃO ERRADA: A organização que adota o planejamento estratégico situacional é aquela que identifica e analisa seu contexto problemático de forma objetiva, evitando em seu planejamento percepções subjetivas de seus colaboradores.
ERRADA, o PES é subjetivo e não objetivo.
O PES, embora seja influenciado pelo trabalho de outros autores como Ackoff (1974) e Mason & Mitroff (1981), tem em Carlos Matus seu grande mentor intelectual e maior entusiasta.
O PES apresenta três características principais.
A primeira é o subjetivismo, que tem por objetivo identificar e analisar uma situação problemática, centra-se nos indivíduos envolvidos (atores), em suas percepções e pontos de vista, pressupondo, portanto, que se cada indivíduo tem suas próprias características, sua interpretação de determinada situação vai depender de seus conhecimentos, experiências, crenças, posição no jogo social etc.
A segunda característica do PES é a elaboração de planos-proposta a partir de problemas, entendidos como obstáculos criados em razão da diferença entre a realidade atual do jogo social e as aspirações de um ator de acordo com seu mundo subjetivo.
Como terceira característica, o PES assume que o futuro é incerto, não sendo possível predizê-lo. Assim, não se prende a uma visão determinista do mundo, no sentido de predizer (adivinhar) o futuro e buscar alcançá-lo, mas busca enumerar possibilidades e preparar os atores para enfrentá-las.