Escolha ótima do consumidor

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QUESTÃO ERRADA: Considere um consumidor com função utilidade dada por U (X1, X2) = 2X1 + X2. Nesse caso, a escolha ótima do consumidor pelo bem X1 se dará no ponto em que a taxa marginal de substituição for tangente a sua reta orçamentária.

O ótimo do consumidor ocorre quando a CURVA DE INDIFERENÇA tangencia a reta orçamentária.

Um outro ponto é: o ótimo do consumidor ocorre no ponto onde a INCLINAÇÃO da curva de indiferença (TMgS) se iguala à INCLINAÇÃO da reta orçamentária. A assertiva mistura as duas possibilidades.

Obs.: A taxa marginal de substituição (TMgS) determina a inclinação da curva de indiferença, sendo decrescente ao longo da curva de indiferença.

O equilíbrio do consumidor ocorre no ponto em que a restrição orçamentária é igual à tangente em um ponto da curva de indiferença. A curva de indiferença dada pelo problema é uma reta cuja função é representada por: U(x, y) = x + y (possui Tms constante em toda a curva). Portanto, a curva de indiferença coincidirá com a reta de restrição orçamentária R=X1Px1+X2Px2 pois possuem a mesma inclinação. Logo, a escolha ótima do consumidor pelo bem X1 se dará em qualquer ponto (infinitos pontos) da curva de utilidade.

É só lembrar o seguinte: a TMS pode tangenciar a reta orçamentária em vários pontos, dependendo da sua inclinação. A palavra-chave é “A ESCOLHA ÓTIMA”!

QUESTÃO ERRADA: A escolha ótima do consumidor é sempre caracterizada pela igualdade entre a taxa marginal de substituição dos bens e a razão entre os seus respectivos preços.

A escolha ótima do consumidor NÃO É SEMPRE caracterizada pela igualdade entre a taxa marginal de substituição dos bens e a razão entre os seus respectivos preços.

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A escolha ótima do consumidor também pode ocorrer nos casos das preferências malcomportadas em que essa relação não é válida. Um ex.: bens substitutos perfeitos (manteiga e margarina), nesse caso a curva de indiferença é uma reta e a taxa marginal de substituição é constante, pois tanto faz consumir manteiga ou margarina.

O ótimo do consumidor é a maximização das escolhas deste, ou seja, é a cesta de bens que lhe trará maior utilidade dentro de sua restrição orçamentária. A curva de indiferença e a de restrição orçamentária se tangenciam.

Há outras situações em que a escolha ótima do consumidor não é representada pela igualdade entre a taxa marginal de substituição dos bens e a razão entre seus respectivos preços:

 

Bens Complementares: o equilíbrio será atingido nos vértices dos L; neste caso, no equilíbrio, NÃO temos TMgS = p1/p2.

Preferências côncavas:  O consumidor prefere se especializar no consumo de um bem a diversificar a cesta; TMgS também não é igual a p1/p2