Última Atualização 10 de novembro de 2022
Os estudos de McClelland conforme Olivo (2003) e Gretti e Senhorini (2000), descrevem sobre atitudes empreendedoras, identificando diferentes comportamentos das pessoas empreendedoras:
a) conjunto de realização: busca de oportunidades e iniciativa; correr riscos calculados; exigência de qualidade e eficiência; persistência; comprometimento;
b) conjunto de planejamento: busca de informações; estabelecimento de metas; planejamento e monitoramento sistemático;
c) conjunto de poder: persuasão e rede de contatos; independência e autoconfiança.
Diefenbach (2011) mostra que dentre as principais diferenças entre as organizações do setor público e privado destaca-se que as organizações públicas são:
a) caracterizadas pela ausência de mercados econômicos e suas pressões de redução de custos;
b) influenciadas intensivamente por questões políticas;
c) tem como pressupostos a equidade, responsabilidade, franqueza e transparência aos usuários e pela multiplicidade de conflitos entre os agentes (gestores); e,
d) é tradicionalmente mais centralizada, na qual os gestores têm menos autonomia de decisão e flexibilidade, menos incentivos e menos riscos/recompensas (BERNIER & HAFSI, 2007; CURRIE, et al., 2008).
Essas características vão de encontro com as características de uma organização orientada para o empreendedorismo, pois a cultura de prevenção de riscos e de baixa tomada de decisão, autonomia e de flexibilidade são negativamente relacionadas ao contexto do empreendedorismo.
FCC (2012):
QUESTÃO CERTA: A busca pela capacidade de promover a sintonia entre os governos e as novas condições socioeconômicas, políticas e culturais, em que a competição inter-regional, ou interurbana configura-se, entre outras, através de construção por meio de parcerias com empresas de ambientes urbanos dotados de opções de consumo turístico-cultural, centro de convenções, estádios ou parques esportivos, hotéis de lazer, marinas, centros culturais urbanos, bem como investimentos objetivando prover a cidade com aeroportos e sistema de comunicações modernos, centros bancários e financeiros, centros de treinamento, escolas de negócios e informática e distritos industriais com tecnologia de ponta, são características de: empreendedorismo governamental.
FCC (2012):
QUESTÃO CERTA: Dentre as diversas práticas desenvolvidas pelas abordagens pós-burocráticas aquela que mais estimula o empreendedorismo governamental é: orientar-se por objetivos, e não por regras e regulamentos.
Consulplan (2017):
QUESTÃO CERTA: Apesar da evolução sistemática da administração pública nos últimos anos, percebe-se que ainda permanece reativa e lenta em detrimento da gestão privada. Desse modo, em razão das características inerentes à administração pública, é necessário saber se um eventual empreendedor conseguiria sobressair em um ambiente mais estático. Em uma análise comparativa entre o empreendedorismo público e o privado, no que tange ao elemento motivação, é uma característica do empreendedorismo independente e no setor privado: A tomada de risco calculada.
FCC (2012):
QUESTÃO CERTA: Como princípios de ação empreendedora no setor público, podem ser citados: Catalisar ações entre o público e o privado; foco no controle exercido pela comunidade e visão de usuários como clientes.
Instituto AOCP (2016):
QUESTÃO CERTA: Nas empresas, é necessário administrar diversidades e diferenças individuais. Considerando as dimensões nas quais as pessoas podem diferir, assinale a dimensão que apresenta a característica de empreendedor: senso de responsabilidade.
Para Chiavenato (2004) espírito empreendedor é a energia da economia, a alavanca de recursos, o impulso de talentos, a dinâmica de ideias. Mais ainda: ele é quem fareja as oportunidades e precisa ser muito rápido, aproveitando as oportunidades fortuitas, antes que outros aventureiros o façam. O empreendedor é a pessoa que inicia e/ ou opera um negócio para realizar uma ideia ou projeto pessoal assumindo riscos e responsabilidades e inovando continuamente.
FCC (2018):
QUESTÃO CERTA: Para que seja possível desenvolver a cultura empreendedora dentro de uma organização, é importante criar as condições necessárias para estimulá-la e estabelecê-la. Correspondem às combinações de dimensões de uma orientação empreendedora: assunção de riscos, capacidade de inovação, proatividade e autonomia.
CEBRASPE (2013):
QUESTÃO CERTA: A gestão empreendedora no setor público pressupõe a autonomia de decisão e a responsabilização.
O empreendedorismo significa a busca do resultado, pressupõe agilidade, dinamismo, ousadia e flexibilidade, assim, para operar uma mudança na gestão pública necessário será deslocar o foco da preocupação de simplesmente obedecer a regras e comportamentos hierárquicos, para a preocupação do foco principal que é a prestação do serviço público à população. A gestão empreendedora, focada em resultados e com avaliação baseada em um bom sistema de informações, pressupõe a autonomia de decisão e a responsabilidade do Estado.
CEBRASPE (2018):
QUESTÃO ERRADA: O empreendedorismo governamental possui como foco a ação empresarial com o propósito de geração de lucros para a administração pública, a exemplo da exploração de atividades comerciais pelas empresas estatais.
CEBRASPE (2021):
QUESTÃO ERRADA: Em 1992, lançou-se no Brasil a promoção do empreendedorismo governamental, que previa a atuação empresarial do Estado como estratégia para auferir lucros e aumentar o patrimônio do Tesouro Nacional.
Objetivo MAIOR do Estado é fornecer bens e serviços à população, e NÃO gerar lucros e fluxos de caixa.
Em 1994, tivemos a publicação do livro “Reinventando o Governo” de Osborne e Gaebler, principal referência do empreendedorismo governamental. O livro traz diversos exemplos práticos de como organizações públicas nos Estados Unidos adotaram medidas empreendedoras para gerar maior valor público.
Dentre os princípios do empreendedorismo governamental, temos o de um governo empreendedor, que significa gerar receitas ao invés de despesas. Nas palavras de Osborne e Gaebler, governos empreendedores criam novas fontes de recursos (taxas por serviços específicos, multas a infratores etc.) e economizam recursos orçamentários para utilizá-los de maneira mais eficiente no ano seguinte.
Note que a preocupação é criar receitas para aumentar a capacidade de entregar serviços para sociedade. Não é objetivo de um governo empreendedor aumentar o patrimônio do Tesouro Nacional, tampouco se almeja dentro de um modelo empreendedor um Estado intervencionista e que atue de forma empresarial.
Fonte: Direção Concursos.