Cálculo teste da recuperabilidade

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Última Atualização 25 de janeiro de 2021

QUESTÃO CERTA: Os objetivos da análise de recuperabilidade dos valores registrados nas contas do ativo imobilizado e do ativo intangível incluem a revisão e o ajuste dos critérios contábeis adotados para determinar a vida útil econômica estimada dos referidos ativos e para calcular os valores de depreciação, exaustão e amortização a que eles estariam A lei 6.404/76 demonstra alguns objetivos do teste de recuperabilidade, são eles:

§ 3 A companhia deverá efetuar, periodicamente, análise sobre a recuperação dos valores registrados no imobilizado e no intangível, a fim de que sejam:

I – Registradas as perdas de valor do capital aplicado quando houver decisão de interromper os empreendimentos ou atividades a que se destinavam ou quando comprovado que não poderão produzir resultados suficientes para recuperação desse valor; ou

II – Revisados e ajustados os critérios utilizados para determinação da vida útil econômica estimada e para cálculo da depreciação, exaustão e amortização.

GABARITO: CERTO

Objetivos do teste de RECUPERABILIDADE (IMPAIRMENT):

 

–> revisar e ajustar os critérios contábeis adotados para determinar a vida útil econômica estimada dos ativos.

 

–> calcular valores de depreciação, amortização e exaustão a que se sujeitam.

QUESTÃO ERRADA: A perda estimada de recuperabilidade de um ativo financeiro deve ser reconhecida mediante a constituição de uma provisão.

A perda estimada de recuperabilidade de um ativo financeiro deve ser reconhecida mediante a constituição de uma DESPESA.

Recuperabilidade, em outras palavras, é quanto você ganha na venda de um certo ativo. Como a questão fala na perda estimada, então esta perda é reconhecida como uma despesa e não uma provisão.

O teste para recuperabilidade pode ser feito pelo valor líquido ou pelo valor de uso, que é indicado pelo valor que está presente nos fluxos de caixas estimados. O valor líquido de venda consiste naquele que é obtido pela venda de um ativo, fora as despesas de venda.

QUESTÃO ERRADA: A diminuição do valor dos elementos do ativo intangível deve ser registrada periodicamente nas contas de provisão.

QUESTÃO ERRADA: Um item do imobilizado de uma empresa foi registrado inicialmente pelo valor de custo de R$ 200 mil. Dois anos depois, a amortização acumulada desse imobilizado foi de R$ 80 mil. Entretanto, foram estimados os seguintes valores para esse imobilizado: R$ 110 mil para o valor em uso e R$ 140 mil para o valor justo líquido da despesa de venda. Nessa situação, no final do segundo ano deverá ser reconhecida uma perda por impairment, referente a esse item, no valor de R$ 20 mil.

O valor registrado na empresa está em 120k (80k foram amortizados)

Teste de Recuperabilidade

-> Dos dois, o maior:

Valor de uso: 110k

Valor de venda: 140k

140k > 120k

Quando o valor for maior que o valor contábil, não lança nada.

Quando o valor é menor, registra uma provisão (perda estimada)

Gabarito: ERRADO

QUESTÃO ERRADA: Instrumentos financeiros que tiverem sofrido, ao longo do tempo, aumentos significativos em seus riscos de crédito deverão ter seus valores ajustados por provisão para risco de crédito, em substituição ao requisito de redução ao valor recuperável.

Não se aplica teste de recuperabilidade

1. Estoques

2. Ativos de contratos de construção

3. Ativos fiscais diferidos

4. Benefícios a empregados

5. Instrumentos financeiros

6. Propriedade para Investimento mensurada ao valor justo

7. Ativos Biológicos

8.Contratos de   seguro

9. Ativos Não Circulantes mantidos para venda

QUESTÃO CERTA: Situação hipotética: O valor em uso de um imóvel de valor contábil líquido igual a R$ 250 mil foi avaliado em R$ 200 mil, e o valor justo desse mesmo imóvel, deduzido das despesas de venda, foi estimado em R$ 235 mil. Assertiva: O valor contábil desse imóvel deverá ser reduzido em R$ 15 mil, por meio da contabilização da despesa correspondente ou, se for o caso, pela diminuição do saldo da reavaliação realizada.

Temos 3 valores:

  • Valor contábil 250

  • Valor em uso 200

  • Valor de mercado 235

A questão quer saber sobre o teste de recuperabilidade de um imóvel que tem valor contábil de 250 mil.

Para respondermos, temos que buscar outros dois valores “Valor em uso” e “Valor justo”. Com isso, pega-se o maior ente eles.

Neste caso, é o valor justo (235 mil). Quando temos um valor contábil acima destes valores, devemos fazer o teste de recuperabilidade para ajusta o valor do imóvel/bem.

R: 250 mil – 235 mil = 15 mil p/ desvalorização.

Conforme o pronunciamento contábil CPC 01 (R1), item 74, o “valor recuperável de um ativo ou de unidade geradora de caixa é o maior montante entre o seu valor justo líquido de despesa de venda e o seu valor em uso”.

CPC 01 (R1), item 59. “Se, e somente se, o valor recuperável de um ativo for inferior ao seu valor contábil, o valor contábil do ativo deve ser reduzido ao seu valor recuperável. Essa redução representa uma perda por desvalorização do ativo”.

CPC 01 (R1), item 60. “A perda por desvalorização do ativo deve ser reconhecida imediatamente na demonstração do resultado, a menos que o ativo tenha sido reavaliado. Qualquer desvalorização de ativo reavaliado deve ser tratada como diminuição do saldo da reavaliação”.

QUESTÃO CERTA: Um ativo imobilizado foi submetido ao teste de recuperabilidade e o resultado mostrou perda no valor de R$ 80.000,00. Nessa situação, a contabilização a ser feita aumentará a conta do ativo em R$ 80.000,00 e a conta de despesa no mesmo valor.

..a contabilização a ser feita DIMINUIRÁ a conta do ativo em R$ 80.000,00 e a conta de despesa no mesmo valor.

O lançamento de perda com teste de recuperabilidade é:

 D – Despesa com ajuste ao valor recuperável de ativos (resultado) …..R$ 80.000,00

 C – Ajuste ao valor recuperável de ativos (retificadora do ativo)……R$ 80.000,00

Como ajuste ao valor recuperável é uma conta retificadora do ativo, a conta do Ativo diminuirá.

QUESTÃO CERTA: Uma empresa apresentava em seu Balanço Patrimonial de 31/12/2012 um ativo intangível com vida útil indefinida registrado pelo valor contábil de R$ 20.000.000,00, o qual era composto pelos seguintes valores:

− Custo de aquisição: R$ 24.000.000,00.
− Perda por desvalorização (“impairment“): R$ 4.000.000,00.
Em 31/12/2013 a empresa realizou novamente o teste de recuperabilidade (“impairment“) para este ativo intangível e obteve as seguintes informações:
− Valor em uso do intangível: R$ 21.000.000,00.
− Valor justo líquido das despesas de venda do intangível: R$ 19.000.000,00.

Nas demonstrações contábeis do ano de 2013, a empresa: reconheceu, no resultado do ano de 2013, um ganho no valor de R$ 1.000.000,00 decorrente da reversão de parte da perda por desvalorização.

Em 2012 o ativo tinha valor contábil de 20.000.000, correspondente aos 24.000.000 do custo de aquisição menos a perda por desvalorização do exercício de 4.000.000,00.

Em 2013 fora realizado novo teste de recuperabilidade, que busca qualificar os ativos pelo valor contábil ou o recuperável – dos dois o menor.

Por sua vez, o valor recuperável é o maior dentre o valor de uso ou justo liquido. Neste exemplo o valor recuperável será 21.000.000 (valor de uso)

Em 2013:

Valor contábil = 24.000.000,00

Valor recuperável = 21.000.000,00

O valor recuperável fora menor que o valor contábil, neste caso a entidade deveria registrar uma perda no valor de 3.000.000,00 mas como no exercício anterior ele já havia contabilizado uma perda no valor de 4.000.000,00 neste caso maior que a perda do exercício, o valor contabilizado a maior deverá ser revertido como ganho (reversão de 1.000.000,00 como receita)

Lançamentos…

Impairment (momento inicial):

D – Despesa c/ Perda por Desvalorização (Resultado) R$ 4.000.000,00

C – Perda por Desvalorização Intangível (Redutora ANC – Intangível) R$ 4.000.000,00

Reversão do Impairmet (pedido na questão):

D – Reversão Perda por Desvalorização (Redutora ANC – Intangível) R$ 1.000.000,00

C – Receita com Perda por Desvalorização (Resultado) R$ 1.000.000,00

QUESTÃO CERTA: Em 10/10/2009, uma empresa adquiriu uma marca pelo valor de R$ 14.000.000,00. Em 31/12/2011, registrou para esta marca uma perda por desvalorização (“impairment”) no valor de R$ 4.000.000,00.

Em 31//12/2014, a empresa realizou novamente o teste de recuperabilidade (“impairment”) para a mesma marca e obteve as seguintes informações:

− Valor em uso da marca: R$ 10.800.000,00.

− Valor justo líquido das despesas de venda da marca: R$ 9.400.000,00.

Como a marca apresenta naturalmente uma vida útil indefinida, a empresa, nas Demonstrações Contábeis do ano de 2014, deveria: reconhecer, no resultado do ano de 2014, um ganho no valor de R$ 800.000,00 decorrente da reversão da perda por desvalorização.

Valor em uso e valor justo líquido de despesas de venda, dos dois o Maior R$ 10.800.000,00 (Valor em uso da marca)

Valor contábil = 14.000.000,00 – 4.000.000,00 = 10.000.000

Valor recuperável > Valor contábil = Não lança nada; Apenas reverte-se a perda, caso exista, até o limite do valor de custo.

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Valor recuperável < Valor contábil = Registra uma perda;

Como o valor contábil é menor que o valor justo, apenas reverto a perda. Logo, reverto perda por desvalorização reconhecida no valor de R$ 800.000

O que é revertido é a perda por teste de recuperabilidade, nós não revertemos perdas por amortização.

QUESTÃO CERTA: Em 31/12/2015, o ativo imobilizado da Cia. Beta mostrava um valor contábil líquido de R$ 3.000.000. Naquela data, apurou-se que o valor em uso desse ativo era de R$ 4.000.000 e estimou-se que o valor justo, menos os custos para vender, era de R$ 2.500.000. Em janeiro de 2016, após forte temporal, esses ativos foram severamente danificados, o que provocou a perda de 50% do imobilizado. Nesse caso hipotético, sabendo-se que a autorização para publicação dos relatórios contábeis-financeiros da Cia. Beta foi feita em fevereiro de 2016, o valor correto do imobilizado evidenciado no balanço patrimonial de 2015 deveria ter sido de: R$ 3.000.000, visto que o valor contábil líquido era inferior ao valor recuperável.

Teste de recuperabilidade

Valor contábil = 3.000.000

Valor recuperável (o maior entre valor justo e valor em uso) = 4.000.000.

Valor recuperável > valor contábil = não faz nada

Valor recuperável < valor contábil = reconhece perda pela diferença entre os valores

Como o valor recuperável é maior que o contábil, não se registrará perdas.

O dano físico ao imobilizado ocorreu após a data do fechamento do balanço de 2015.

Conforme o CPC 24 – Eventos subsequentes:

 

3. Os termos abaixo são usados neste Pronunciamento com os seguintes significados:

 

Evento subsequente ao período a que se referem as demonstrações contábeis é aquele evento, favorável ou desfavorável, que ocorre entre a data final do período a que se referem as demonstrações contábeis e a data na qual é autorizada a emissão dessas demonstrações.

 

Dois tipos de eventos podem ser identificados:

(a) os que evidenciam condições que já existiam na data final do período a que se referem as demonstrações contábeis (evento subsequente ao período contábil a que se referem as demonstrações que originam ajustes);

(b) os que são indicadores de condições que surgiram subsequentemente ao período contábil a que se referem as demonstrações contábeis (evento subsequente ao período contábil a que se referem as demonstrações que não originam ajustes).

 

Logo, com relação à questão, então, trata-se de um evento subsequente que não origina ajuste! Pois surgiu subsequentemente ao período contábil.

E como o valor recuperável (4.000.000) é maior que o contábil, não origina ajuste tb!

Logo, fica nos 3.000.000 mesmo!

QUESTÃO CERTA: Uma empresa é proprietária de um ativo intangível de vida útil indefinida que foi apresentado no balanço patrimonial de 31/12/2013 pelo valor contábil de R$ 1.200.000,00, composto pelos seguintes valores:

– Custo de aquisição: R$ 1.680.000,00.

– Perda por desvalorização (“impairment“): R$ 480.000,00.

Para a apresentação do Balanço Patrimonial de 31/12/2014, a empresa realizou novamente o teste de recuperabilidade do ativo (“impairment“) e obteve as seguintes informações para o ativo intangível:

– Valor em uso do ativo: R$ 1.500.000,00.

– Valor justo líquido das despesas de venda do ativo: R$ 1.440.000,00.

Sabendo-se que a empresa tem evidências de que a vida útil deste ativo intangível continua indefinida, no resultado de 2014 deve: reconhecer um ganho no valor de R$ 300.000,00 pela reversão da perda por desvalorização contabilizada anteriormente.

– Custo de aquisição: R$ 1.680.000,00. 
– Perda por desvalorização (“impairment“): R$ 480.000,00. 
valor contábil de R$ 1.200.000,00

teste de recuperabilidade do ativo (“impairment”) 
– Valor em uso do ativo: R$ 1.500.000,00. 
– Valor justo líquido das despesas de venda do ativo: R$ 1.440.000,00. 

No teste de recuperabilidade, entre o valor em uso e o valor justo devo considerar sempre o MAIOR!

Logo, Considero o valor em uso do ativo de 1.500.000, mas eu tenho um valor contábil de 1.200.000 lembra? Pois é, mas veja que eu só tenho esse valor porque ele sofreu uma perda por desvalorização, e agora que eu tenho um ganho com a valorização, devo reconhecer uma reversão com a diferença do valor contábil e o valor em uso.

Então, meu valor contábil será acrescido de 300.000 para que meu novo valor contábil seja igual ao valor em uso realizado no teste de recuperabilidade.
1.200.000 + 300.000 = 1.500.000

QUESTÃO ERRADA: Considere que o valor contábil líquido de um equipamento industrial seja R$ 10.000, o valor em uso, R$ 9.000 e o valor líquido de venda, R$ 10.100. Nessa situação, caso a empresa deseje continuar usando o bem em seu processo produtivo, deverá ser constituída provisão, para a redução ao valor recuperável, de R$ 1.000.

O valor registrado na empresa está em 10k 

Teste de Recuperabilidade

Dos dois, o maior:

Valor de uso: 9k

Valor de venda: 10,1k

10,1 > 9k

Quando o valor for maior que o valor contábil, não lança nada.

Quando o valor é menor, registra uma provisão (perda estimada)

QUESTÃO CERTA: Em janeiro de 2008, para ajudar no transporte gratuito de estudantes, determinada escola municipal adquiriu um ônibus escolar no valor de R$ 100.000,00. A escola estimou uma vida útil de cinco anos para o ônibus (depreciação linear). O ônibus foi danificado 36 meses depois em acidente na estrada, gerando um custo de R$ 30.000,00 para sua recuperação. A restauração não afetará a vida útil do ativo. O custo de um novo ônibus para realização de serviço similar é de R$ 120.000,00. Considerando a situação acima e com base na abordagem da recuperação do custo, julgue os itens seguintes acerca da perda por irrecuperabilidade. O valor da perda por irrecuperabilidade será de R$ 22.000,00.

A questão não menciona expressamente “valor em uso”, contudo, para ativos imobilizados não geradores de caixa (como um ônibus para ajudar no transporte gratuito de estudantes), há 3 abordagens possíveis de mensurar o valor em uso:

a) Abordagem do custo de reposição depreciado: o valor em uso é o menor entre o custo de reprodução e o custo de reposição (compra de um novo ônibus no caso), deduzido da sua depreciação para refletir o ativo na sua condição de uso.

b) Abordagem do custo de recuperação: o valor em uso é igual ao custo de reposição depreciado – custo de recuperação estimado. É indicada para reduções ao valor recuperável decorrentes de danos físicos (como no caso em questão).

c) Abordagem das unidades de serviço.

O enunciado da questão diz “com base na abordagem da recuperação do custo“. Pois bem, o valor em uso da questão foi 120.000 (custo de reposição) – 72.000 (depreciação de 36 meses) – 30.000 (custo de recuperação) = 18.000.

Já o valor contábil líquido inicial era 100.000 (valor de compra) – 60.000 (depreciação de 36 meses) = 40.000.

Ao compararmos os dois valores, a perda por irrecuperabilidade é de 22.000 (40.000 – 18.000).

Fonte: Livro Contabilidade Pública 3D – G. Pacelli