Última Atualização 25 de janeiro de 2021
QUESTÃO ERRADA: No ordenamento processual civil brasileiro, decorre automaticamente de previsão legal o efeito suspensivo: do agravo de instrumento interposto contra decisão que determine a inversão do ônus da prova.
Art. 1.019. Recebido o agravo de instrumento no tribunal e distribuído imediatamente, se não for o caso de aplicação do art. 932, incisos III e IV , o relator, no prazo de 5 (cinco) dias:
I – Poderá atribuir efeito suspensivo ao recurso ou deferir, em antecipação de tutela, total ou parcialmente, a pretensão recursal, comunicando ao juiz sua decisão;
II – Ordenará a intimação do agravado pessoalmente, por carta com aviso de recebimento, quando não tiver procurador constituído, ou pelo Diário da Justiça ou por carta com aviso de recebimento dirigida ao seu advogado, para que responda no prazo de 15 (quinze) dias, facultando-lhe juntar a documentação que entender necessária ao julgamento do recurso;
III – determinará a intimação do Ministério Público, preferencialmente por meio eletrônico, quando for o caso de sua intervenção, para que se manifeste no prazo de 15 (quinze) dias.
QUESTÃO CERTA: Decisão do magistrado que, em sede de ação popular, deferir liminar determinando a imediata suspensão de ato lesivo ao patrimônio público é recorrível por agravo de instrumento, com a possibilidade de atribuição de efeito suspensivo pelo tribunal.
Observe que nesse artigo há previsão de suspensão do ato lesivo. A assertiva trata da possibilidade de atribuir efeito suspensivo ao agravo de instrumento contra decisão que determinou a suspensão do ato lesivo. Ou seja, o agravante pediu permissão para continuar a praticar o ato supostamente lesivo. Confunde um pouco mesmo, mas olhe com calma.
O verdadeiro fundamento está na regra comum do CPC:
Art. 1.019. Recebido o agravo de instrumento no tribunal e distribuído imediatamente, se não for o caso de aplicação do art. 932, incisos III e IV , o relator, no prazo de 5 (cinco) dias:
I – Poderá atribuir efeito suspensivo ao recurso ou deferir, em antecipação de tutela, total ou parcialmente, a pretensão recursal, comunicando ao juiz sua decisão;