Paradoxo da parcimônia

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Última Atualização 13 de janeiro de 2021

O Paradoxo da parcimônia é um paradoxo da economia. Este paradoxo afirma que um aumento na poupança autônoma leva a uma diminuição na demanda agregada e, portanto, a uma redução na produção bruta que, por sua vez, reduzirá a poupança total.

QUESTÃO ERRADA: Segundo o paradoxo da parcimônia, um aumento da poupança, no curto prazo, contribui para elevar o investimento e o nível de equilíbrio do produto interno bruto.

Paradoxo da parcimônia” foi estabelecido por Keynes na Teoria Geral. Esse paradoxo está relacionado com os efeitos macroeconômicos de um aumento da fração da renda que os indivíduos desejam poupar. A ideia do paradoxo é a seguinte. Um indivíduo tomado isoladamente pode aumentar a sua poupança se decidir aumentar a fração poupada da sua renda. Isso porque a renda do indivíduo é independente da sua decisão de gasto. Contudo, a nível macroeconômico a renda é determinada pelas decisões de gasto de todos os indivíduos. Sendo assim, se todos os indivíduos resolverem reduzir os seus gastos de consumo na esperança de, com isso, aumentar a sua poupança, o efeito final será uma redução de tal magnitude na renda dos indivíduos que a poupança continuará exatamente igual ao que prevalecia antes da redução dos gastos de consumo.

A extensão do “paradoxo da parcimônia” para o longo-prazo foi feita por Joan Robinson (1962). No modelo de crescimento de Robinson um aumento da “propensão a poupar” irá resultar numa redução da participação dos lucros na renda e, dado o grau de utilização da capacidade produtiva, numa redução da taxa de lucro. Supondo que o investimento depende diretamente da taxa de lucro, segue-se que, como resultado do aumento da propensão a poupar, haverá uma redução da taxa de investimento. Daqui se segue que, no longo-prazo, um aumento da propensão a poupar será seguido por uma redução da taxa de investimento e da própria taxa de poupança.

QUESTÃO CERTA: Uma política de corte de gastos sempre produz maior impacto no produto que uma política de expansão dos tributos.

Política Fiscal e paradoxo da Parcimônia

 A política fiscal de gastos é mais intensa que a política fiscal de tributação.

·         Política de gasto: é direto = incide direto na RENDA.

·         Política de tributação: é indireto = incide no CONSUMO, para depois incidir na renda.

QUESTÃO CERTA: Em uma situação recessiva, uma política fiscal expansionista baseada no aumento do gasto do governo tem um efeito maior sobre a demanda agregada do que aquele que seria produzido por uma política fiscal expansionista baseada na redução de impostos sobre a renda.

A política fiscal expansionista via gastos é mais efetiva que a política fiscal via redução de impostos. Afinal, no MKS, a tributação (T) é multiplicada pelo fator de ponderação c (propensão marginal a consumir < 1), enquanto os gastos do governo (F) não tem fator de ponderação.

Resposta: CERTO.

Dado que a função produto é Y= C+I+G+(X-M) e considerando ainda que o consumo das famílias depende da propensão marginal a consumir, pois nem toda renda disponível vira consumo, uma parte é poupada, é mais eficiente aumentar o produto da economia diretamente através dos gastos, ao invés de reduzir impostos.

QUESTÃO CERTA: Tudo o mais constante, um aumento da propensão marginal a poupar provoca uma queda no nível de renda de equilíbrio na economia no curto prazo. Esse fato é denominado: Paradoxo da Parcimônia.

“Podemos concluir que o fato de os consumidores quererem poupar mais (aumento de poupança) acaba fazendo com que a própria poupança diminua, em razão da redução do produto provocada pelo aumento da poupança. O efeito líquido é que a poupança permanece inalterada. Isto é: os consumidores poupam mais (aumento de poupança), entretanto, isso reduz a renda, fazendo com que a poupança diminua. A redução da poupança provocada pela redução da renda anula o aumento da poupança dos consumidores. Esse resultado é conhecido como o paradoxo da parcimônia (paradoxo da poupança ou do entesouramento).”

QUESTÃO CERTA: De acordo com Gremaud et al. (2011), caso os empresários mantivessem seus investimentos constantes, a decisão da co­letividade em poupar uma parcela maior da renda, gerando, por conseguinte, uma redução no nível de renda seria deno­minada de: Paradoxo da parcimônia.

“O chamado Paradoxo da Parcimônia é a ilustração econômica mais conhecida de sofisma da composição, alertado por Aristóteles: “o todo é maior que a soma de suas partes”. No caso, isso significa que, quando predomina na sociedade uma atitude de “apertar-os-cintos”, supostamente para aumentar a poupança, diminui o consumo, caem as vendas, aumentam os estoques, cancelam-se demandas aos fornecedores, eleva-se a capacidade ociosa, desestimula-se novos investimentos. Então, a multiplicação de renda e emprego é reduzida. Logo, diminuirá a variável residual entre o menor fluxo de renda e o consumo básico mantido. Com a intenção predominante de se aumentar a poupança ela acaba diminuindo!”

QUESTÃO ERRADA: Em situação de recessão ou estagnação econômica, a tentativa de uma sociedade de poupar mais pode implicar, no curto prazo, um nível menor de poupança e um montante de produto inalterado, o que configura o chamado paradoxo da poupança.

. O erro não está em “curto prazo”, mas sim em “inalterado“, pois o produto é alterado (para baixo). Mesmo porque, uma poupança pode até gerar malefícios em tempos de crise no curso prazo, mas no longo prazo ela pode voltar a ter seus efeitos normais, uma vez que esse tempo pode ser o necessário para a economia se alavancar. O Paradoxo de Poupança tem basicamente dois efeitos:

1º: Quanto mais poupar, mais seu nível de poupança é reduzido. Para visualizar, pense numa crise com alta inflação; se você poupar, perderá dinheiro, pois a subida de preços o corroerá. 

2º: Há maior retração do PIB, pois, segundo o próprio Keynes, em tempos de crise, deve-se gastar para alavancar a Economia. Se você poupa, há retração da Economia.

Esses artigos confirmam o que eu estou falando:

“Diz este paradoxo que, se todas as pessoas quiserem aumentar a sua
poupança, no final, a poupança diminui. As pessoas poupam uma percentagem do
seu rendimento, 14% no caso português, 24MM€. Se, por exemplo, todas as pessoas
quiserem aumentar a poupança para 20% do seu rendimento, os keynesianos
defendem que por causa do multiplicador, a PIB vai diminuir de tal forma que
20% do PIB contraído vai ser menor que 24MM€.” 

“Enquanto as pessoas tentam poupar mais, o que ocorre é um declínio na produção e uma poupança sem mudanças. Isto é particularmente relevante em situações de recessão ou estagnação econômica, em que a tentativa da população de poupar ou a imposição de medidas contracionistas leva não a um aumento da taxa de poupança, mas a um agravamento da retração do consumo, da produção e do emprego e, consequentemente, da própria poupança