Efeito substituição: se um bem X possui um bem substituto Y, ou seja, outro bem similar que satisfaça a mesma necessidade, quando o preço do bem X aumenta, coeteris paribus, o consumidor passa a adquirir o bem substituto (o bem Y), reduzindo assim a demanda do bem X.
Exemplo: se o preço da caixa de fósforos subir demasiadamente, os consumidores passarão a demandar isqueiros, reduzindo assim sua demanda por fósforo;
Efeito renda: quando aumenta o preço de um bem X, tudo o mais constante (renda do consumidor e preços de outros bens estando constantes), o consumidor perde poder aquisitivo, e a demanda por esse produto (X) diminui. Assim, embora seu salário monetário não tenha sofrido nenhuma alteração, seu salário “real”, em termos de poder de com pra, foi corroído.
QUESTÃO CERTA: O sal, um tipo de bem que os consumidores compram, representa uma pequena parcela do orçamento desses consumidores e não possui substitutos próximos; logo, espera-se que a procura por esse bem seja rígida em relação às alterações de preço.
O sal de cozinha está classificado na categoria de “Bens de consumo saciado”, ou seja, quando a demanda do bem quase não é influenciada pela renda dos consumidores (arroz, farinha, açúcar, etc.), neste caso a demanda por esses produtos tenderão a continuar a mesma. Por ser pouco substituível, ter pouco peso no orçamento e ser um produto essencial, apresenta elasticidade preço-demanda próxima de zero, assim, espera-se que, mesmo que o preço do sal dobre, as pessoas manterão as quantidades demandadas de sal. Isto é, tanto o Efeito renda quanto o Efeito substituição são pequenos.
Fatores que influenciam a elasticidade do agente:
Inelástico
- Poucos substitutos;
- Bem indispensável / alta utilidade;
- Pouco peso no orçamento;
- Horizonte de curto prazo;
- Alta preferência.
QUESTÃO CERTA: O efeito substituição refere-se ao fato de que se trocam bens caros por bens mais baratos. Assim, a elevação dos preços de um bem implica menor desejo de se consumir esse bem, se houver um substituto para ele.
QUESTÃO CERTA: O efeito substituição corresponde à variação do consumo de um bem, ao longo da curva de indiferença, associada à mudança de preços relativos, mantendo-se constante o nível de satisfação do consumidor.
Efeitos Renda e Substituição
Efeito substituição: uma variação nos preços relativos, ou seja, o preço desse bem se torna ais alto ou mais baixo em relação aos demais. (Sempre tem efeito negativo no consumo)
Efeito renda: uma variação na renda real do consumidor, tornando-o mais rico (no caso de preço mais baixo), induzindo-o a comprar mais, ou mais pobre (no caso de preço mais alto), induzindo-o a comprar menos.
Efeito preço (total) = efeito renda + efeito substituição (equação de Slutsky)
QUESTÃO ERRADA: Efeito substituição é o conceito econômico que mostra que um aumento no preço dos bens faz que os indivíduos fiquem mais pobres e, por isso, a cesta de consumo será substituída por produtos com preços menores e de qualidade inferior.
Em economia, efeito substituição é a taxa que mede a variação de consumo que ocorre quando há uma mudança de preço, movendo o consumo ao longo da curva de indiferença, levando a uma nova taxa marginal de substituição. Desse modo, os consumidores tendem a procurar satisfazer as mesmas necessidades do produto mais caro, utilizando semelhantes de preço menor (Wikipédia). Portanto, não será ocorrerá substituição por produtos com preços menores e de qualidade inferior, mas por produtos com preços menores e de qualidade semelhante.
Efeito Substituição é a variação na quantidade demandada resultante de uma variação no preço, a variação se restringe a um movimento ao longo da curva de indiferença inicial. (Ou seja, o consumidor não irá optar por uma cesta de produtos de preços menores e de menor qualidade, antes irá optar por outro bem que otimize a sua preferência e maximize a sua renda em razão de o consumidor ter sido compensado por uma variação em sua renda real).
Efeito Renda: é a variação na quantidade demandada resultante, exclusivamente, de uma variação na renda real, em que todos os outros preços e a renda monetária nominal permanecem constantes.
Efeito Substituição: surge de uma alteração do preço relativo de um bem e sempre move a quantidade demandada no sentido oposto ao da mudança de preço. Quando o preço é reduzido, o efeito substituição trabalha no sentido de aumentar a quantidade demandada. Quando o preço se eleva, o efeito substituição trabalha para reduzir a quantidade demandada. À medida que o preço de um bem cai, o consumidor substitui por ele os bens cujos preços não foram alterados.
QUESTÃO ERRADA: Caso ocorra um efeito preço positivo sobre um bem inferior, o efeito renda será maior que o efeito substituição.
QUESTÃO CERTA: O efeito substituição faz que a inclinação da reta orçamentária varie enquanto o poder aquisitivo permanece constante.
Quando o preço de um bem varia, há duas forças distintas que fazem com que a demanda se altere: efeito renda e efeito substituição.
A análise dos efeitos renda e substituição quando o preço de um bem varia busca identificar exatamente o quanto a demanda por este bem varia porque o consumidor ficou “mais rico” ou “mais pobre” e o quanto a demanda varia simplesmente porque os preços relativos entre os bens se alteram.
Para que o efeito-substituição seja analisado separadamente, é preciso supor que a variação do preço não alterou o poder aquisitivo.
QUESTÃO CERTA: O sinal do efeito substituição será sempre oposto ao sinal da variação do preço, isto é, se o preço aumentar, o efeito substituição será negativo.
O efeito substituição indicará uma alteração de consumo que será sempre na direção contrária da variação de preços. Por existir essa variação inversa ou negativa entre o efeito substituição e a variação de preços, dizemos que o efeito substituição sempre será negativo.
Efeito renda: mudança no consumo de um bem resultante de um AUMENTO do poder de compra, com os preços relativos mantidos constantes.
Efeito substituição: variação do consumo de um bem associado a uma mudança em seu preço, MANTENDO-SE CONSTANTE o nível de UTILIDADE.” (Fonte: livro Pindyck)
Logo, é importante observar se há mudança no nível de UTILIDADE. O efeito renda permite que a curva de restrição orçamentária do indivíduo sofra uma rotação, ou seja, há mudança do ângulo dessa curva de restrição orçamentária.
QUESTÃO CERTA: O efeito substituição para bens complementares perfeitos é zero e, portanto, a variação da demanda deve-se inteiramente ao efeito renda.
O efeito renda é o efeito sobre a demanda decorrente da variação do poder aquisitivo do consumidor quando ocorre uma variação no preço do bem.
O efeito substituição é o efeito sobre a demanda decorrente da variação dos preços relativos quando ocorre uma variação no preço do bem.
Quando os bens são perfeitamente complementares, o efeito substituição é irrelevante.
Isso porque os bens precisam ser consumidos em proporções fixas.
Se, para o consumidor, um pastel precisa ser consumido com uma lata de refrigerante e ele só consome um segundo pastel se houver uma segunda lata de refrigerante e vice-versa, não importa se um dos bens ficar mais caro em relação ao outro.
A proporção será mantida. Ou seja, só o que importa aqui é o efeito renda. O efeito substituição é nulo.
Quando se depara com complementares perfeitos o consumidor não aproveita da redução do preço de um bem para comprar exclusivamente mais dele, porque a escolha ótima depende de uma combinação proporcional dos dois bens. Assim, só ocorre o efeito renda, no qual o consumidor adequa sua renda ao novo poder aquisitivo para a compra dos 2 bens em conjunto.
QUESTÃO CERTA: O gráfico acima, que representa as quantidades demandadas do bem A ? eixo horizontal? e do bem B ? eixo vertical ?, mostra alguns efeitos na restrição orçamentária de um consumidor, efeitos que resultam da variação no preço do bem A. Após a variação no preço do bem A, a restrição orçamentária do consumidor desloca-se para a esquerda (de RO para RO’); U é a curva de utilidade do consumidor — tangência RO no ponto X —; U’ é a outra curva de utilidade do consumidor ? tangência RO’ no ponto Y ?; a reta PT é paralela à RO’ e tangência U no ponto Z o equilíbrio do consumidor move-se do ponto X = (Q , Q1) para o ponto Y = (Q , Q2), no qual Q > Q > Q > 0 e Q > Q > 0. Considerando essas informações e o gráfico, julgue o item subsequente. A diferença Q – Q corresponde ao efeito substituição
1. Efeito substituição:
– Utilidade constante (mesma curva de indiferença);
– Modifica preços relativos;
2. Efeito renda (Deriva a Curva Renda Consumo, que transladada em espaço R x Q vira Engel):
– Preços relativos constantes;
– Modifica renda, conseguintemente vai para outra curva de indiferença;
3. Efeito preço (deriva a Curva preço consumo, que transladada em espaço P x Q vira Demanda):
– Renda constante;
– Modifica preços relativos, mas, diferentemente do efeito substituição, buscará outras curvas de indiferença.
4. Resolvendo a questão: Só por verificar que continuou na mesma curva de utilidade, seria possível marcar que corresponde ao Efeito substituição.
QUESTÃO CERTA: Em uma economia com dois bens, um inferior e outro normal, a queda da renda dos consumidores resulta em aumento do preço do bem inferior.
Os efeitos Renda e Substituição são considerados em relação ao preço do bem e não à renda do consumidor:
O efeito substituição possui sempre sinal negativo. Ou seja, a variação na demanda, devido ao efeito substituição, ocorre SEMPRE com sinal contrário à variação no preço. Assim, aumento no preço resulta em redução na demanda, enquanto que redução no preço, aumento na demanda. E o efeito renda? Depende do bem. Se o bem for normal, teremos efeito renda no mesmo sentido do efeito substituição, ou seja, efeito renda negativo. A ideia é simples: como estamos analisando o efeito na demanda em função da variação de preços, o aumento no preço reduz o poder aquisitivo do consumidor; se ele estiver demandando um bem normal, o efeito renda provoca redução na demanda pelo bem. Assim, o efeito renda é negativo!
Se o bem for inferior, o efeito renda terá o mesmo sinal da variação no preço. Dizemos, neste caso, que o efeito renda é positivo. Assim, o aumento no preço, ao provocar redução no poder de compra do consumidor, resulta em aumento na demanda em face ao efeito renda. Perceba que os sinais da variação de preço e da variação na demanda, em virtude do efeito renda, são os mesmos. Por isto que o efeito renda é positivo no caso de bens inferiores.
O bem inferior tem efeito renda negativo (um aumento da renda reduz a quantidade consumida), por outro lado bem normal tem efeito renda positivo (aumento da renda implica em aumento da quantidade consumida).
Se a renda abaixar, necessariamente a quantidade consumida do bem inferior aumentará e do bem normal será reduzida.
A demanda pelo bem inferior, portanto, será maior, o que provocará um aumento do preço desses bens.
QUESTÃO ERRADA: Um bem inferior possui utilidade marginal negativa.
Um bem inferior possui, na verdade, efeito renda negativo.
O efeito renda preconiza uma variação na renda real do consumidor, tornando-o mais rico (no caso de preço mais baixo), induzindo-o a comprar mais, ou mais pobre (no caso de preço mais alto), induzindo-o a comprar menos.
Quanto à utilidade, a satisfação ou utilidade que um consumidor retira do consumo de um bem pode ser medida de duas formas:
– Utilidade Total: a satisfação que o consumidor retira do consumo de determinada quantidade de um bem, que vai variar com a quantidade consumida.
– Utilidade marginal: acréscimos de satisfação obtidos pelo consumidor com o consumo de mais uma unidade do bem.
Assim, a utilidade inicialmente aumenta, atinge um máximo e depois declina. É a lei da utilidade marginal decrescente: a utilidade marginal do bem diminui com o aumento do seu consumo.
Um bem inferior possui Utilidade Marginal Decrescente, Efeito Renda Positivo e Efeito Substituição Negativo.
O Efeito Renda é Positivo porque um aumento no preço do bem inferior reduz o poder de compra do consumidor forçando-o a consumir mais bens do tipo inferior. Um aumento no preço gera um aumento no consumo e por isso o efeito é positivo.
O Efeito Substituição é Negativo (o efeito substituição sempre é negativo), pois um aumento nos preços sempre incentiva à substituição do bem consumido.
QUESTÃO ERRADA: O efeito substituição não afeta a curva de indiferença.
QUESTÃO CERTA: Admitindo o consumo unicamente dos bens x e y, assinale a opção correta, a respeito dos efeitos renda e substituição, de acordo com a teoria clássica do consumidor: O efeito renda está associado a um movimento ao longo da curva de rendimentos.
QUESTÃO ERRADA: O efeito substituição, ceteris paribus, é obtido por meio de um movimento que sai da curva de indiferença mais alta e vai para outra mais baixa em decorrência de uma queda no preço de um bem. Assim, é impossível separar o efeito renda do efeito substituição, dado as duas análises serem complementares.
“O efeito renda é a variação do consumo que resulta na passagem para uma curva de indiferença mais alta. O efeito substituição é a variação do consumo que resulta de se estar localizado em um ponto de uma curva de indiferença com uma taxa marginal de substituição diferente.” (MANKIW, 2001, p. 475).
QUESTÃO CERTA: Supondo-se que a demanda de cigarros seja perfeitamente inelástica, então aumentos na tributação desse produto não implicam gravame excessivo (deadweight loss), visto que o efeito substituição é nulo, não havendo, assim, perdas de bem-estar.