CEBRASPE (2015):
QUESTÃO ERRADA: A propensão marginal a consumir consiste na suposição de que o aumento no consumo é proporcionalmente maior que o aumento da renda disponível para manter a demanda agregada aquecida.
Propensão Marginal a Consumir (PMC) e a Poupar (PMS)
A propensão marginal a consumir é a quantidade adicional que os indivíduos consomem quando recebem um real adicional de renda disponível, ou seja, indica o consumo adicional decorrente de um aumento da renda. Keynes supôs que o consumo aumenta junto com a renda, mas em uma proporção menor, o que é percebido quando observamos que conforme a renda aumenta, maior a parcela destinada à poupança.
ERRO DA QUESTÃO: consumo é proporcionalmente MAIOR que o aumento da RENDA. Keynes AFIRMA: ” Quanto MAIOR a renda, maior a porcentagem desta é poupada”.
O consumo das famílias (C) pode ser retratado pela função:
C = Co + c*Yd
Onde Co é o consumo independente da renda ou consumo de subsistência, c é a Propensão Marginal a Consumir e Yd é a renda disponível.
Como c é um valor entre 0 e 1, um aumento em Yd resulta em um aumento de C em proporção menor em relação ao aumento, e não maior, como diz a assertiva.
VUNESP (2023):
QUESTÃO CERTA: Num modelo keynesiano simples, um aumento de $100 nos gastos do governo levou a um aumento de $200 no produto. Se a economia é fechada e tem impostos que totalizam 20% do produto, a propensão marginal a consumir é: 0,625.
Yd = (1-t)Y
ΔC/ΔYd
100/[(1-0.2)*200] = 0,625.
CEBRASPE (2014):
QUESTÃO ERRADA: Em uma economia com mais de dois agentes, o consumo das famílias é uma função crescente para diferentes níveis de renda total. Assim, quanto maior a renda total, maior o consumo.
Item ERRADO.
Não obrigatoriamente, pois pode aumentar a poupança, devido à formula:
Y = Co + c.y
c + s = 1
Em que:
c – propensão marginal a consumir
s – propensão marginal a poupar
CEBRASPE (2014):
QUESTÃO CERTA: Os efeitos riqueza, taxa de juros e taxa de câmbio afetam a inclinação da curva de demanda agregada de uma economia nacional e variam em intensidade de acordo com as características do país em questão.
A questão assume que a demanda do produto é elástica quanto a renda. Quanto maior sua renda disponível, maior sua propensão marginal de consumi-lo.
CEBRASPE (2016):
QUESTÃO ERRADA: Quando o consumo aumenta em proporção maior que o aumento da renda disponível, a propensão marginal a consumir (PMgC) torna-se maior que 1 (unidade).
A soma da PMgC e da PMgS (propensão marginal a poupar) será sempre 1, então PMgC não pode ser maior do que 1.
1 = 100%, não se pode consumir mais que 100% da renda, a não ser que você seja motorista/laranja de algum deputado miliciano.
A PMgC é uma fração (o percentual) da renda que é consumida, sendo maior que zero e menor que um.
CEBRASPE (2017):
QUESTÃO CERTA: A elevação da propensão marginal a consumir proporciona uma variação positiva no tamanho do multiplicador keynesiano.
Multiplicador keynesinao simplificado: 1/ (1-c), sendo que “c” é a propensão marginal a consumir.
Sendo c = 0,5
1/(1-0,5) = 2
Agora sendo c=0,9
1/(1-0,9) = 10
Veja que o aumento da propensão ocasiona um aumento do multiplicador (variação positiva).
Fórmula: k = 1 / (1 – c)
Em que: c = propensão consumir e 1 – c = propensão poupar.
FGV (2015):
QUESTÃO CERTA: Considere o modelo keynesiano simples dado pela seguinte função consumo: C = 100 + 0,2Y, em que C é o nível de Consumo e Y é a renda. Considere uma economia fechada, no caso do investimento autônomo e gasto do governo autônomo serem iguais a 10 cada. Se a propensão marginal a consumir for igual a 40% da renda, a renda de equilíbrio do modelo e a alíquota tributária aplicada sobre a renda serão, respectivamente, iguais a: 150 e 50%.
Cálculo da renda de equilíbrio: Y = C + I + G (economia fechada). Y = 100+0,2Y + 10 + 10 —-> Y = 150.
Para a alíquota tributária, deve-se primeiro calcular o multiplicador keynesiano – k=1/1-c = 1/1-0,2=1,25.
Aqui tem um detalhe importante, pois deve ser considerado a Propensão marginal a consumir (c) igual a 0,2. Foi colocado logo na frente a PMgC igual a 40%, para confundir mesmo.
Agora consideramos o que existe a alíquota tributária (antes do ponto não tinha) e a nova PMgC: k = 1/1-c+ct. 1,25 = 1/1-0,4+0,4t —-> t=0,5 —–> t=50%.
FGV (2017):
QUESTÃO CERTA: Supondo o modelo keynesiano de determinação da renda com consumo, investimento e governo, a renda de equilíbrio será maior quando: a propensão marginal a consumir se aproximar da unidade.
Tomando como base o modelo keynesiano de determinação da renda de equilíbrio com governo e economia fechada: Y = Co + c[Y(1-T)] + G + I.
CERTO: quanto maior for a propensão marginal a consumir, maior será a parcela da renda disponível para gastos e menor será para a poupança, aumentando a renda de equilíbrio.
Banca própria Marinha (2018):
QUSTÃO CERTA: Seja a função consumo de uma economia tal que: C = 150 + 0,75y. Suponha que nessa mesma economia o investimento autônomo seja de 20, os gastos governamentais de 10 e os tributos governamentais de 5. Assinale a opção que apresenta a renda de equilíbrio: 705.
C= 150 + 0,75.(Y-5); onde (Y-5) = Yd
Y= 150 + 0,75(Y-5) + 20 + 10
Y= 150 + 0,75y – 3,75 + 20 + 10
Y-0,75Y= 150-3,75+20+10
0,25Y=176,25
Y=705.
CEBRASPE (2014):
QUESTÃO CERTA: Ao se analisar a inclinação da curva investimento-poupança, infere-se que, quanto mais pobre for uma economia, maior será a propensão marginal a consumir, maior será a sensibilidade do consumo em relação à renda e mais achatada será a curva IS.
Quanto mais pobre for a economia:
Maior será a propensão marginal a consumir, maior será a sensibilidade e mais achatada (horizontal) será a curva IS.
Quanto mais rica for a economia,
Menor será a propensão marginal a consumir, menor será a sensibilidade e mais inclinada (vertical) será a curva IS.
A inclinação da curva IS (investimento-poupança) se deve a dois fatores:
1; À sensibilidade (elasticidade) do investimento em relação à taxa de juros;
2; À Propensão Marginal a Consumir (PMgC), que nada mais é do que relação entre a variação do consumo das famílias e a variação da renda.
CEBRASPE (2017):
QUESTÃO ERRADA: Acerca do modelo macroeconômico IS/LM, julgue o item a seguir. Uma redução do consumo autônomo, ou seja, da parte do consumo que não depende da renda, altera a inclinação da curva IS.
O consumo autônomo (Co) determina a posição da curva IS no modelo. Já a inclinação (horizontal ou vertical) é determinada pela propensão marginal a consumir (c).
O volume dos gastos autônomos, ou seja, do consumo autônomo das famílias, do investimento autônomo e do gasto autônomo do governo, afeta a posição da curva IS, mas não sua inclinação. Assim, uma redução do consumo autônomo desloca a curva IS para a esquerda.
Inclinação da reta LM:
Δr/ΔY= c1/c2
c1= sensibilidade do aumento na demanda por moeda por aumento unitário na renda.
c2= sensibilidade da demanda por moeda em relação ao juros.
Equação da reta LM:
Y= (M- c0+ c2r)/ c1
M= demanda por moeda = oferta de moeda
c1= sensibilidade do aumento na demanda por moeda por aumento unitário na renda.
c2= sensibilidade da demanda por moeda em relação ao juros.
Inclinação da reta IS:
Δr/ΔY= -(1-b)/i
(1-b)= propensão marginal a poupar em relação a renda
i= sensibilidade do inverstimento em relação ao juros
Equação da reta IS:
ΔY= 1/(1-b) [ a+ I +G – bT] – [i* r/ (1-b)]
a= intercepto da função consumo = consumo autonômo
I= variação no dispêndio dos autonomos
T= variação nos impostos
(1-b)= propensão marginal a poupar
i= sensibilidade do inverstimento em relação ao juros
Gabarito : Portanto a (intercepto da função consumo= consumo autonômo) determina o deslocamento da curva IS e não sua inclinação.
CEBRASPE (2007):
QUESTÃO ERRADA: Na função keynesiana de consumo, a propensão marginal a consumir aumenta com o nível de renda.
CEBRASPE (2013):
QUESTÃO ERRADA: Para representar a função consumo de Keynes, a propensão marginal a consumir deve ficar entre zero e um e, consequentemente, a taxa de juros exercerá papel fundamental para encontrar a propensão média a consumir.
A propensão marginal a consumir (PMgC) é o aumento no consumo em relação ao aumento de renda. Em outras palavras, é a parcela do acréscimo de renda disponível destinada ao consumo.
A PMgC varia entre 0 e 1, correto, portanto, o conceito trazido na parte inicial da assertiva.
Já a propensão média a consumir (PMeC) é simplesmente o consumo dividido pela renda disponível, significando, portanto, a parcela ou parte da renda que é gasta com o consumo, sendo que a taxa de juros não exercerá qualquer papel.
A taxa de juros é uma das variáveis que influencia a PmgC mas cf Keynes (p. 116-17): “a influência a curto prazo da taxa de juros sobre os gastos individuais feitos com determinada renda é secundária e relativamente de pouca importância excetuando-se, talvez, o caso de variações excepcionalmente grandes”.
CEBRASPE (2012):
QUESTÃO ERRADA: Considere que, em determinada economia, o consumo autônomo seja da ordem de 100 milhões de reais; o investimento, da ordem de 40 milhões de reais; e a propensão para consumir, de 0,6. Nessa situação, a produção de equilíbrio dessa economia será inferior a 300 milhões de reais.
Utilizando a fórmula Y=C+I, sendo C=Co+cY (Co é o consumo autônomo, c é propensão marginal a consumir)
Temos Y= Co+cY+I
Y= 100+0,6Y+40
Y-0,6Y=140
0,4Y=140
Y=140/0,4= 350 milhões
E não 300 milhões como afirma a questão.