O Que É a Curva de Phillips? (Com Exemplos)

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Última Atualização 23 de março de 2022

A curva de Philips, como se vê da figura acima, relaciona a taxa de desemprego com a taxa de inflação de modo inverso. Sua origem tem a ver com o crescimento dos salários nominais com o desemprego.  A curva de Phillips simplesmente mostra as combinações de inflação e desemprego que surgem no curto prazo à medida que deslocamentos na curva de demanda agregada movem a economia ao longo da curva de oferta agregada de curto prazo.

CEBRASPE (2016):

QUESTÃO ERRADA: A curva de Phillips descreve a relação direta entre maior taxa de desemprego e maior taxa de variação dos salários nominais.

Curto prazo – relação inversa;

Longo prazo – desemprego igual p/ qualquer nível de inflação.

Em macroeconomia, a curva de Phillips representa uma relação de trade-off entre inflação e desemprego, que permite analisar a relação entre ambos, no curto prazo. Segundo esta teoria, desenvolvida pelo economista neozelandês William Phillips, uma menor taxa de desemprego leva a um aumento da inflação, e uma maior taxa de desemprego a uma menor inflação. Contudo, esta relação não é válida no longo prazo, uma vez que a taxa de desemprego é basicamente independente da taxa de inflação conforme outras variáveis vão se alterando.

CEBRASPE (2014):

QUESTÃO CERTA: A curva de Phillips é uma forma alternativa de representar e analisar a curva de oferta agregada.

A demanda agregada é um termo da macroeconomia dada pela soma de quatro componentes: consumo, investimento, gastos do governo e as exportações líquidas

Estratégia Concursos ensina que:

A curva de Phillips é derivada diretamente do modelo de oferta e demanda agregada. Ela mostra as combinações de inflação (aumento de preços) e desemprego que surgem no curto prazo à medida que deslocamentos na curva de demanda agregada movem a economia ao longo da curva de oferta agregada de curto prazo. 

Por exemplo, suponha uma curva DA negativamente inclinada e uma curva de OA positivamente inclinada (curto prazo). Um aumento da demanda agregada deslocará DA para a direita e para cima, aumentando a produção e os preços (inflação). Maior produção significa maior emprego e, portanto, uma taxa de desemprego menor. Assim, vemos que os deslocamentos da demanda agregada pressionam a inflação e o desemprego em direções opostas, exatamente como nos mostra a curva de Phillips.

A curva de oferta agregada é positivamente inclinada e confronta inflação e renda. Renda é, consequentemente, emprego. Logo, essa curva confronta inflação e emprego. Assim, se invertemos essa curva, teremos a curva de Phillips, que é negativamente inclinada. Esta curva confronta a inflação com o desemprego. Ou seja, apenas inverte-se a inclinação da curva e uma de suas variáveis: emprego/desemprego. Por isso, a curva de Phillips é, na verdade, outra forma de representar a curva de OA.

CEBRASPE (2019):

QUESTÃO CERTA: No curto prazo, se um aumento na demanda agregada reduzir a taxa de desemprego para abaixo da taxa natural, a tendência será o aumento da inflação.

JUSTIFICATIVA – CERTO. A curva de Phillips explica os movimentos de curto prazo do desemprego e da inflação. A inflação é quase permanente e com uma forte inércia. Logo, tende a permanecer até sofrer um choque pela procura ou pelos custos. Assim, um aumento da procura agregada, no curto prazo, que faz baixar a taxa de desemprego abaixo da taxa natural, implica em aumentar a taxa de inflação. No curto prazo, a curva de Phillips se mantém estável, logo existe uma relação entre inflação e desemprego, mas no longo prazo a curva de Phillips é instável.

Reduzir a taxa de desemprego para abaixo da taxa natural = AUMENTAR o emprego

(Curva de Phillips)

↓ Desemprego ↑ Inflação

FEPESE (2010):

QUESTÃO ERRADA: A relação inversa entre inflação e desemprego descrita pela curva de Phillips é uma consequência da inflação de custos (como o choque do petróleo).

É consequência do aumento de empregos devido ao aquecimento de mercado gerado pela inflação.

CEBRASPE (2019):

QUESTÃO ERRADA: Se o Banco Central definir o estoque de moeda como meta intermediária de política econômica, o aumento dessa variável reduzirá a inflação e o desemprego em um horizonte de tempo reduzido.

JUSTIFICATIVA – ERRADO. Uma meta intermediária é uma variável que o Banco Central controla devido ao fato de que ao controlar a variável, espera-se estar influenciando indiretamente as metas finais da política econômica. Definindo um agregado monetário como meta intermediária, a ideia do Banco Central é que taxas mais alta de crescimento do estoque de moeda aumentarão a inflação e reduzirão o desemprego no curto prazo, elevando-se o nível de atividade econômica.

Com o conhecimento da curva de Philips, você “mata” a questão:

↓ Desemprego ↑ Inflação.

CEBRASPE (2013):

QUESTÃO CERTA: De acordo com a curva de Phillips, quanto maior a demanda agregada por bens e serviços, maior será a produção de uma economia e, consequentemente, maior será o nível de preços.

Curva de Phillips é o trade-off entre inflação e desemprego. Uma menor taxa de DESEMPREGO leva a um aumento da INFLAÇÃO (funcionários demandam melhores salários, estão com dinheiro para comprar bastante, o que gera uma demanda muito forte por produtos e as indústrias não conseguem acompanhar essa procura –  o que faz os preços subirem). 

CEBRASPE (2018):

QUESTÃO ERRADA: Pela teoria da curva de Phillips, se for nula a expectativa inflacionária, a taxa de crescimento real do PIB será maior que a taxa de crescimento potencial do PIB, o que implica uma inflação de oferta.

Se a expectativa for nula, não há trade off entre inflação e desemprego. 

Quanto mais próximo o produto estiver do produto potencial, maior é a probabilidade de ocorrer inflação de demanda!

Se não há expectativa inflacionaria na economia e porque não há pressões quanto a elevação dos preços. Portanto, impossível que o PIB efetivo esteja crescendo acima do PIB potencial, pois, nesse caso, haveria uma pressão inflacionaria (nasceria uma expectativa de aumento inflacionário provocado por uma demanda aumentando acima da possibilidade produtiva da economia) – ou seja, o o PIB potencial- que pode ter como causa, por exemplo, o excesso do credito na economia.

O excesso de oferta, sem demanda correspondente não provoca inflação, ao contrário, com os estoques de bens aumentando (por não haver demanda suficiente para o tamanho da produção) vai provocar é queda nos preços (deflação).

CEBRASPE (2018):

QUESTÃO CERTA: Considerando que determinada taxa de emprego esteja abaixo de sua taxa natural e que a economia esteja em um nível de sobre-emprego, julgue o próximo item. No cenário em questão, a taxa de crescimento real de salário supera a taxa de crescimento real da produtividade do trabalho.

Se a economia está em um nível de sobre-emprego e a taxa de emprego esteja abaixo de sua taxa natural, é preciso atrair mais trabalhadores para o mercado (aumentando o salário), cujo impacto refletirá no aumento da produção/produtividade.

CEBRASPE (2018):

QUESTÃO ERRADA: Considerando a relação representada pela curva de Phillips, no curto prazo, supondo uma taxa natural de desemprego de 12,4% e uma taxa de inércia inflacionária de 10%, se o produto reduzir a taxa de desemprego abaixo da sua taxa natural, a consequência será uma redução da taxa de inflação para 4%, como ocorre atualmente no Brasil.

A curva de Phillips tem uma correlação negativa entre desemprego e inflação, ou seja, se aumenta o desemprego, diminui a inflação e vice-versa. A questão está ERRADA, pois se a taxa de desemprego reduziu, a taxa de inflação deveria aumentar.

VUNESP (2015):

QUESTÃO ERRADA: na curva de Phillips expandida pelas expectativas, mesmo no longo prazo, há um “trade-off” entre a taxa de inflação e o nível de desemprego da economia. 

Incorreta. A curva de Phillips mostra a relação negativa existente entre a taxa de desemprego e a taxa de inflação no curto prazo. No longo prazo, a economia tende a uma situação de pleno emprego e a curva de Phillips será uma reta vertical.

CEBRASPE (2016):

QUESTÃO ERRADA: Se a curva de Phillips for vertical no longo prazo, o ajuste fiscal gerará como consequência redução do produto e do nível de preços.

A curva de Phillips de longo prazo mostra a relação entre inflação e desemprego quando a taxa de inflação efetiva é igual a taxa de inflação esperada, ou seja, quando os preços efetivos são iguais aos esperados.

Se os preços são iguais aos esperados a curva de oferta não será inclinada positivamente, mas sim uma reta vertical, ao nível da taxa natural de desemprego. Logo se a curva de oferta agregada é vertical a curva de Phillips também será vertical uma vez que ela mostra as combinações de inflação e desemprego que surgem à medida que deslocamentos na curva de demanda agregada movem a economia ao longo da curva de oferta agregada (sem que ocorra alteração no produto/ renda de equilíbrio).

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Nesta situação um ajuste fiscal iria apenas ocasionar redução de preço.

No longo prazo não existem trade-offs entre inflação e desemprego e as políticas de expansão monetária são inócuas para estimularem produção e/ou desemprego, gerando somente aumento das variáveis nominais como nível geral de preços e salários. 

CEBRASPE (2013):

QUESTÃO CERTA: De acordo com as modificações propostas por Milton Friedman e Edmund Phelps para a curva de Philips, a taxa de desemprego deveria ser mantida acima do que consideraram a taxa natural de desemprego, na qual o nível de preços existente é igual ao nível de preços esperado e a inflação atual corrente correspondente à inflação esperada.

CEBRASPE (2013):

QUESTÃO CERTA: Para Friedman e Phelps, inflação e desemprego não têm relação no longo prazo, o que demonstra que a curva de Phillips é perfeitamente inelástica e que políticas monetárias não são efetivas no longo prazo.

Certo. A CuRva de Phillips foi criada na década de 60 e relacionava, de forma inversamente proporcional, desemprego e inflação (quanto maior a taxa de inflação, menor o desemprego, e vice-versa).

Posteriormente, os trabalhos de Friedman e de Phelps mudaram essa perspectiva, ao acrescentarem as expectativas dos trabalhadores com relação à inflação. Assim, por exemplo, quando o governo tentasse usar política monetária, aumentando a oferta de moeda na economia, os trabalhadores teriam uma “ilusão monetária”, pois perceberiam o aumento nominal como um aumento real de salários, e com isto elevariam a oferta de mão-de-obra.

“No entanto, quando os trabalhadores se desfazem de sua ilusão monetária e percebem que os preços também se elevaram e que, apesar dos aumentos nominais, os salários reais não cresceram, diminuem novamente sua oferta de mão-de-obra, o que faz a curva de Phillips se deslocar de volta para a direita. Dessa forma, depois de algum tempo, os impactos reais sobre a produção e a renda e sobre o emprego revelam-se nulos. O aumento do estoque de moeda levaria somente a maiores salários nominais e a um nível de preços acrescido, mas com salários reais constantes. Desta forma, no longo prazo, ou seja, quando não existe frustração de expectativas, não ocorre o tradeoff inflação-desemprego e a taxa de desemprego não pode ser rebaixada de um certo patamar, fazendo com que a curva de Phillips se torne vertical”.

Fonte: Uma Introdução à Teoria Monetarista, de Ricardo Dathein, Professor Adjunto do DECON/FCE/UFRGS. 

CEBRASPE (2013):

QUESTÃO CERTA: Com relação à hipótese de expectativas adaptativas, existe trade-off entre inflação e desemprego somente no curto prazo. Já no longo prazo, a curva de Phillips é vertical.

Segundo (GÓES E GADELHA, 2019, pg 589), “Na década de 1950 e 1960, o governo dos EUA e Reino Unido defendiam um trade-off permanente entre inflação e desemprego.”

Em outro trecho os autores explanam a segunda crítica à curva de Phillips, em 1968, por dois economistas monetaristas, Milton Friedman e Edmond Phelps, para eles “a curva original se deslocaria ao longo do tempo quando os trabalhadores e as firmas se acostumassem e passassem a esperar pela inflação contínua. Portanto, no que ficou conhecida posteriormente como “Emenda Friedman-Phelps”A CURVA DE PHILLIPS NEGATIVAMENTE INCLINADA PASSOU A SER APENAS UMA RELAÇÃO DE CURTO PRAZO. NO LONGO PRAZO A CURVA DE PHILLIPS É UMA RETA VERTICAL. Estava rejeitada a ideia de que os governos poderiam escolher (trade-off) entre emprego e inflação”.

Em macroeconomia, a curva de Phillips, representa uma relação de trade-off entre inflação e desemprego, que permite analisar a relação entre ambos, no curto prazo.

CEBRASPE (2007):

QUESTÃO ERRADA: A redução das expectativas inflacionárias, no Brasil, desloca a curva de Phillips de curto prazo, para cima e para a direita.

Desloca para a esquerda. Dado o mesmo nível de desemprego teremos uma inflação menor.

CEBRASPE (2013):

QUESTÃO CERTA: Na curva de Phillips com expectativas adaptativas, a inflação reage aos desvios da taxa efetiva de desemprego em relação à taxa natural de desemprego, aos choques de oferta e ao componente de inflação esperada.

CEBRASPE (2012):

QUESTÃO ERRADA: Conforme a curva de Phillips aumentada de expectativas, se a taxa de inflação é igual à taxa de inflação esperada, o desemprego é nulo.

O correto seria afirmar que a variação da taxa de desemprego era nula. Considerando os choques de oferta nulo, sob à visão das expectativas racionais.

CEBRASPE (2013):

QUESTÃO ERRADA: Se o BACEN adotar uma estratégia de reduzir de forma permanente a taxa de inflação da economia, no longo-prazo, o nível de desemprego natural será menor que o verificado no momento inicial da política.

O trade-off entre inflação e desemprego é um fenômeno que somente ocorre no curto prazo. No longo prazo, quando a economia atinge o nível de pleno emprego dos fatores de produção, somente há desemprego natural (desemprego voluntário +ficcional). 

A taxa natural de desemprego não é alterada pela mudança da taxa de inflação da economia. Por exemplo, a taxa de inflação pode ser máximo ou zero que a taxa natural de desemprego vai ser a mesma.

CEBRASPE (2004):

QUESTÃO ERRADA: A hipótese da taxa natural de desemprego afirma que, no longo prazo, a curva de Phillips é negativamente inclinada indicando que a redução do emprego é o preço que a sociedade deve pagar para ter baixos níveis de inflação.

No longo prazo ela é vertical. 

CEBRASPE (2002):

QUESTÃO CERTA: De acordo com o modelo das percepções equivocadas dos trabalhadores, aumentos não-antecipados do nível de preços deslocam a curva de oferta de trabalho para a direita, contribuindo, assim, para aumentar o nível de emprego.

Conforme Mankiw(2010) o modelo das percepções equivocadas dos trabalhadores ocorre nos casos em que os trabalhadores são mal informados (caso em que o aumento no nível de preços é antecipado), assim acreditam estar recebendo um salário maior quando não estão, dado que não percebem o aumento do nível de preços. Tal aumento provoca uma redução de seus salários(w/p). No equívoco, acreditam que a oferta é maior, já que o salário a partir do preço esperado é maior. (deslocamento da curva de oferta pra direita)

Pois bem, quando tais trabalhadores descobrem tal situação, abandonam seus empregos, fazendo com que o nível de emprego aumente.