Efeito renda e efeito preço dos impostos

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Última Atualização 13 de janeiro de 2021

EFEITO RENDA E EFEITO PREÇO DOS IMPOSTOS SOBRE O CONSUMO

A tributação sobre o consumo produz vários efeitos na economia, em geral efeitos distorcivos sobre os preços;

Sabemos que a curva de demanda tem relação inversa entre a quantidade demandada do bem X e o seu preço. Isso determina a inclinação negativa da curva de demanda, devido ao efeito conjunto do aumento do preço de um bem e da queda da quantidade demandada.

Se o Estado impõe um tributo indireto, ou seja, sobre o produto a ser consumido, haverá o chamado efeito-preço que é dividido em dois tipos de efeitos.

O efeito substituição – se um bem possui substituto – outro bem similar que satisfaça a mesma necessidade – quando seu preço aumenta, coeteris paribus – o consumidor passar a adquirir o bem substituto, reduzindo assim a demanda pela mercadoria mais cara.

O efeito renda: quando o preço de um bem aumenta, coeteris paribus, o consumidor perde poder aquisitivo (pois sua renda, como os demais fatores) está fixa e a demanda por esse produto diminui. Quando o salário monetário não muda, esse salário, deduzido o aumento de preços ocorrido, foi reduzido em termos de poder de compra.

Ceteris paribus, também grafado como coeteris paribus (‘ce.te.ris ‘pa.ri.bus na pronúncia eclesiástica ou ko.’e.te.ris ‘pa.ri.bus, na pronúncia restaurada), é uma expressão do latim que pode ser traduzida por “todo o mais é constante” ou “mantidas inalteradas todas as outras coisas”.

QUESTÃO CERTA: Com relação aos efeitos preço, renda e substituição, assinale a opção correta: Um aumento de preço de um bem normal resulta em efeito substituição e efeito renda negativos.

O efeito renda pode ser positivo (em caso de bens normais) e negativo (em caso de bens inferiores)

Em economia, costuma-se classificar os bens de acordo com o seu comportamento frente à variação de preços e renda.

Classificação frente à variação na renda

Bens normais: são aqueles cuja demanda aumenta quando a renda cresce.

Exemplo: o crescimento da renda dos trabalhadores provoca aumento da demanda por perfumes.

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Bens inferiores: são aqueles cuja demanda diminui quando a renda cresce.

Exemplo: normalmente quando os bens atingem o fim do seu ciclo de vida passam a se comportar como bens inferiores. O televisor em preto e branco pode ser dado como exemplo. Com o surgimento do televisor em cores, mesmo o aumento de renda não foi capaz de aumentar a demanda por televisores em preto e branco, uma vez que ele representava uma tecnologia ultrapassada. A carne de segunda poderia ser um outro exemplo. Em geral, os bens de baixa qualidade possuem esse comportamento.

Classificação frente à variação de preços


Bens complementares:
são bens consumidos conjuntamente (exemplo: café é açúcar).

Exemplo: um aumento no preço do café tenderia a reduzir não só a sua quantidade demandada, mas também a do seu complementar, o açúcar.

Bens substitutos: são bens consumidos concorrentemente (exemplo: carne e frango).

Exemplo: um aumento no preço da carne tenderia a reduzir a sua quantidade demandada e aumentar a do seu substituto, o frango.

Bens comuns: são aqueles cuja quantidade demandada aumenta quando os preços diminuem. É a própria Lei da Demanda, que será

Exemplo: a maioria dos bens obedece a essa regra.

Bens de Giffen: são aqueles cuja quantidade demandada aumenta quando os preços aumentam.

Exemplo: são raros os exemplos de bens de Giffen. O pão para os consumidores de baixa renda pode ser considerado um bem de Giffen.

Comentário: Para os bens de Giffen, o efeito renda é muito superior ao efeito substituição