Já falamos sobre as diferentes técnicas de amostragem aqui no Caderno de Aprova. Se você não conferiu as outras dicas, sugiro, então, que o faça. De qualquer forma, aí vai uma pergunta: cabe a combinação de técnicas de amostragem? Ou seja, utilizar mais de um tipo/ espécie de técnica de amostragem?
A resposta, caro (a) caderneiro (a), é: sim, cabe.
Nesse sentido, veja o que diz a autora Maria Immacolata Vasallo de Lopez, da obra “Pesquisa em comunicação: formulação de um modelo metodológico”:
“Diante da complementaridade das técnicas de coleta, é igualmente possível combinar técnicas de amostragem probabilística e não probabilística. Por exemplo: numa pesquisa seleciona-se uma amostra aleatória para a quais se utiliza o questionário, devendo-se por isso dar conta da representatividade estatística tanto da amostra como dos dados. Em seguida, seleciona-se ruma sub-amostra de caráter intencional com base no critério da representatividade social (e não mais estatística), à qual se aplica a entrevista. o perfil dessa segunda amostra é de sujeitos “típicos”, e os dados são essencialmente qualitativos”.
Carlos Ochoa, da Netquest, diz o seguinte:
“é possível combinar a amostragem estratificada com a amostragem por conglomerados. Neste caso, parece aconselhável escolher a família como unidade de amostragem: como devemos deslocar uma equipe médica para coletar amostras em uma residência, é melhor conseguir amostras de todos os membros da família.”
Inclusive, encaminhamos, abaixo, uma questão da examinadora CEBRASPE sobre esse assunto.
QUESTÃO CERTA: A combinação de uma amostragem estratificada para os itens de maior valor nos procedimentos (testes) substantivos combinada com a amostragem aleatória para os itens de menor valor é geralmente um procedimento eficaz, pois permite uma cobertura maior em termos de valor e um tamanho de amostra menor.