QUESTÃO CERTA: A absorção interna em uma economia fechada e sem governo corresponde à soma do investimento e do consumo privado.
Numa economia fechada e sem governo (não tem G nem X–M na despesa agregada), a produção (P) de bens finais terá apenas duas utilizações: ou será consumida pelas famílias (consumo das famílias) ou será acumulada pelas empresas, como investimentos (sob a forma de bens de capital e/ou de variação de estoques).
PIBpm = C + G + I + X – M
Assim: P = C + I
Por outro lado, sabe-se que a renda (R) da economia tem duas utilizações: ou é apropriada para consumo (C) ou vira poupança (S). Assim: R = C + S.
Como sabemos, produto=renda=despesa, logo, P será igual a R:
P = R
C + I = C + S
I = S
Portanto, sabemos que as poupanças realizadas pelas famílias é que financiam os investimentos totais realizados pelas empresas. Se supusermos agora que estamos em uma economia completa (aberta e com governo), teremos as seguintes expressões, muito cobrada em provas:
I = SP + SG + SEXT
FBKF + ΔE = SP + SG + SEXT
Como SP+SG=SINT (poupança interna), podemos ainda definir assim:
I = SINT + SEXT
FBKF + ΔE = SINT + SEXT
Assim, vemos que são as poupanças que financiam os investimentos da economia. Parte desses investimentos é financiada pela poupança privada, parte pela poupança pública e parte pela poupança externa. Os recursos das poupanças são convertidos em investimentos por intermédio do sistema financeiro. A renda não consumida pelos agentes é aplicada na aquisição de ativos financeiros que rendem juros. As instituições financeiras, por sua vez, utilizam os recursos captados para emprestar às empresas, que podem efetuar esses investimentos.
No caso da poupança total (SP + SG + SEXT) ser maior que o investimento total (FBKF + ΔE), temos capacidade de financiamento. Por outro lado, se investimentos totais são maiores que a poupança total, temos necessidade de financiamento. Assim:
S > I (capacidade de financiamento)
I > S (necessidade de financiamento)